CURITIBA – PR – Praticamente sem nenhuma divulgação, foi concluída há poucas horas a reunião dos conselheiros da América Latina do CGIE – Conselho Geral dos Italianos no Exterior, iniciada dia 8 último, na Cidade do México. O encontro, convocado pelo vice-secretário para a área, Francisco Nardelli, debateu questões relativas à reforma da legislação sobre os Comites – Comitês dos Italianos Residentes no Exterior e do próprio CGIE, sobre os cortes orçamentários que atingiram programas de interesse dos italianos no exterior (assistência social e cursos de língua italiana), situação dos jovens italianos na América Latina e, como último tema da pauta, aspectos relacionados à atuação da “task force” da cidadania na Argentina e, em particular, no Brasil.
Segundo o conselheiro do CGIE (um dos quatro do Brasil), Walter Petruzziello, na reunião ficou mais ou menos evidente que as eleições para os Comites que, já adiadas, deveriam ocorrer até o final deste ano, provavelmente acontecerão somente ano que vem, pois a tendência é fazê-las sob as normas da nova lei e não da atual.
O encontro do México foi preparatório para a reunião geral do CGIE que acontecerá em Roma, de 25 a 30 próximos. Conforme Petruzziello, os Conselheiros deverão ter um encontro no Senado Italiano, além de receberem uma delegação francesa integrante de um órgão parecido com o CGIE italiano.
Segundo ainda Petruzziello, a reunião convocada para Brasília entre membros do CGIE Brasil, presidentes de Comites e titulares dos Consulados Gerais que operam no Brasil será no dia 16 próximo, e não no dia 14, conforme divulgamos. Neste encontro deverão ser discutidos problemas ligados à “task force” da cidadania – o mutirão que conta com recursos do governo italiano para colocar em ordem a grande “fila da cidadania” existente nos consulados italianos que operam no Brasil, formadas por ítalo-brasileiros interessados no reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue.
Ao prestar algumas informações sobre o encontro do México, o conselheiro Walter Petruzziello, entretanto, não adiantou nada sobre as conclusões a que chegaram os conselheiros do CGIE. Sabe-se que o bom desempenho da “Task force” na Argentina, em especial em Buenos Aires (lá não existem mais filas), está criando um certo constrangimento entre os funcionários do governo italiano lotados no Brasil, onde as filas se encontram em situação muito parecida com a quela existente no início do mutirão, há cerca de um ano. O tema suscitou, inclusive, um artigo do deputado Fabio Porta em que o parlamentar questiona o governo italiano sobre o que define de “duas faces de uma mesma moeda”.

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