Com uma programação de destaque, a Casa Fiat de Cultura conquista números expressivos com Roma – A Vida e os Imperadores
BELO HORIZONTE – MG – Com mais de 78 mil visitantes, a exposição Roma – A Vida e os Imperadores encerrou-se no último domingo, 18 de dezembro, como a mostra de maior sucesso de público da Casa Fiat de Cultura, nesses cinco anos de atividades. O recorde, até então, pertencia às exposições “O Mundo Mágico de Marc Chagall – O Sonho e a Vida” e “Rodin, do Ateliê ao Museu”, que em 2009 levaram a Casa Fiat 58 mil e 64 mil visitantes, respectivamente. De Minas, a mostra Roma segue para o Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde permanecerá aberta ao público de 25 de janeiro a 1º de abril de 2012.
Mais de 78 mil visitantes prestigiaram a mostra na Casa Fiat de Cultura (Foto Divulgação)
Alcançando uma média de mil pessoas por dia, as galerias da Casa Fiat de Cultura receberam público de todo o Brasil, que puderam apreciar as 370 obras originais representativas de fatos e personagens da sociedade romana nos primeiros três séculos do Império, de Júlio César (44 a.C.) e Augustus (falecido em 14 d.C.) a Septímio Severo (193-211) e seu filho Caracala (211 – 218). Como em todas as exposições apresentadas pela Casa Fiat de Cultura, a entrada e o transporte foram gratuitos, com amplo atendimento a escolas, grupos e público espontâneo pelo Programa Educativo.
A Mostra – com curadoria de Guido Clemente, professor de História Romana da Universidade de Florença, em parceria com uma comissão científica formada por renomados estudiosos e historiadores dos principais museus italianos de arqueologia –, contou com esculturas, mosaicos, joias, cerâmicas, afrescos, adornos e objetos do dia a dia, provenientes de importantes instituições da Itália, como o Museu Arqueológico Nacional de Florença, o Museu Nacional Romano, o Museu Nacional de Nápoles, o Antiquário de Pompéia, o Museu Arqueológico de Fiesole e a Galleria degli Uffizi.
Dentre os tesouros encontrados na exposição, destacaram-se as três paredes com afrescos da Vila de Pompéia, as estátuas de Júpiter, de Lívia (esposa de Augusto) e da deusa Isis, a Cabeça Colossal de Júlio César em mármore, máscaras teatrais, escultura de Calígula, Armadura de Gladiador, a Lamparina de Ouro, a cabeça de Nero jovem e cerca de 60 joias. Além dos vídeos multimídia e atrações interativas que completaram as visitas às galerias com mais informações.
Roma – A Vida e os Imperadores
é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do GabineteCultura com patrocínio da Fiat Automóveis, co-patrocínios do Bradesco e Santander, parceria da APPA e apoio do Ministério da Cultura, através da lei de incentivo à cultura, da Embaixada Italiana no Brasil e do Momento Itália-Brasil.
Programa educativo –
O Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura atendeu cerca de 30 mil pessoas nesses três meses de exposição. Desse número, 20 mil correspondem a alunos de escolas municipais, estaduais e federais e instituições beneficentes, 9 mil a atendimento ao público espontâneo, incluindo visitas mediadas (7.266), contação de histórias (1.137), visitas para a família (429), Jogos (42) e produção de Caricatura (65).
O Programa Educativo possui cerca de 40 educadores multidisciplinares e apresentou roteiros variados, pensados para cada perfil de público. A intenção da Casa Fiat de Cultura foi mostrar como a formação da sociedade atual foi pensada no período imperial de Roma, promovendo links entre o passado e a atualidade de forma interativa e divertida.
Este ano, a Casa Fiat implantou iniciativa inédita entre museus e espaços culturais de Belo Horizonte. Pela primeira vez, o programa educativo da instituição contou com profissionais especializados na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e teve a oportunidade de atender 140 surdos e mudos durante as visitas.
Programação Paralela –
A programação paralela da exposição “Roma – A vida e os Imperadores” contou com a realização de oito palestras temáticas e 14 sessões de cinema no auditório da Casa Fiat de Cultura. Dentre as temáticas das palestras, que reuniram aproximadamente 500 participantes, estavam temas diversos, do Império Romano em seu apogeu a questões relativas à especificidade da arte, da política, da economia e dos processos de violência e escravidão em Roma. Outros temas apresentados nas palestras foram a trajetória de Agripina Menor, irmã de Calígula; a imagem dos bárbaros na arte romana e o status de Roma como capital imperial e cidade cristã.
Já as sessões de cinema foram realizadas nos meses de outubro e novembro e tiveram a participação de mais de 600 pessoas. Entre os filmes apresentados estavam importantes longa- metragens como Ben Hur (1959), Gladiador (2000), Calígula (1960), Cleópatra (1963), A Paixão de Cristo (2004), Spartacus (1960), Júlio César (1953) e A queda do Império Romano (1964). As 14 sessões, num total de 40 horas de exibição, objetivaram enriquecer o conhecimento sobre a temática da exposição.
A Casa Fiat de Cultura em 2011 – Em 2011, além da exposição “Roma – A Vida e os Imperadores”, a Casa Fiat de Cultura apresentou as mostras “Tarsila e o Brasil dos Modernistas” e “Olhar e Ser Visto – A Figura Humana da Renascença ao Contemporâneo” e os Ciclos de Conferências “Sempre um Papo – Seminário Felicidade? Com Márcia Tiburi“, “Mutações: Elogio à Preguiça” e “Sempre um Papo – Seminário Sexualidade e Erotismo na história do Brasil com Mary Del Priori”. Além das ações em Belo Horizonte, a Casa Fiat de Cultura, pela primeira vez, teve uma atuação internacional com o 1º Festival de Cultura Brasileira na Itália, contribuindo para a projeção da cultura do Brasil na Europa.
Ainda este ano, a Casa Fiat de Cultura, em parceria com a Fundação Iberê Camargo, Masp e Fundação Giorgio e Isa De Chirico, inaugurou em Porto Alegre a exposição De Chirico: O Sentimento da Arquitetura, que será apresentada na Casa Fiat de Cultura, no início de 2012, dentro da programação do Momento Itália-Brasil.
“É uma felicidade saber que, em 2011, a Casa Fiat de Cultura levou o melhor da arte a mais de 150 mil pessoas no Brasil e no exterior. Em Belo Horizonte, neste intenso ano de recordes numéricos, o público pôde apreciar a beleza das obras de nossa Tarsila do Amaral e contemplar homens e mulheres tão bem retratados por pintores de diversos períodos em Olhar e ser visto, além de se embrenhar pela fascinante história dos Impérios Romanos”, orgulha-se o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira.
A Mostra teve a curadoria de Guido Clemente, professor de História Romana da Universidade de Florença (Foto Divulgação)