PATROCINANDO SUA LEITURA

Quale importanza ha, a Suo giudizio, la celebrazione del 130º anniversario dell’inizio ufficiale della colonizzazione italiana nel RS?

Panaro – Innanzitutto permette di ricordare il fenomeno dell’immigrazione italiana nel RS nella sua culla, che è Nova Milano (distretto di Farroupilha), e sottolineare la sua importanza per lo sviluppo dello Stato. La celebrazione offre anche l’opportunità di presentare un programma di eventi culturali, istituzionali, celebrativi ed economici nelle città dove la presenza di discendenti di italiani è preponderante. La collaborazione tra le Entità Italiane e le imprese private di “oriundi” offrono l’opportunità di realizzare progetti nell’area culturale e della cooperazione economica. La divulgazione che i mass media daranno all’evento è un forte stimolo affinché i promotori delle differenti iniziative siano conosciuti e valorizzati. Più di 400 mila Reais saranno spesi nei prossimi 10 mesi, la maggior parte dei quali provenienti da sponsor privati. Il Consolato Generale d’Italia nel RS è uno dei protagonisti di questo programma, in collaborazione con alcune Associazioni italiane e con la Segreteria della Cultura dello Stato del RS.

I festeggiamenti arrivano fino alla fine dell’anno: togliendo l’aspetto sentimentale, l’evocare questa epopea degli immigrati cosa potrà produrre sotto l’aspetto del miglioramento delle attuali relazioni con l’Italia?

Panaro

– Le visite di personalità pubbliche e private italiane permetteranno un momento di riflessione sulle relazioni bilaterali. La visita ufficiale dell’Ambasciatore d’Italia, Michele Valensise, avvenuta dal 2 al 5 di marzo 2005, è la prima manifestazione dell’interesse che l’Italia ha per una comunità di “oriundi” espressiva ed importante dal punto di vista sociale, economico e culturale. Il viaggio in Italia del Governatore del RS, Germano Rigotto, nel corso del 2005, sarebbe un altro esempio di stimolo ad un più forte intercambio tra l’Italia e il RS. È poi importante sottolineare la speranza che certe regioni italiane possano contribuire a favorire una ripresa dei contatti nei settori interessati alle celebrazioni.

Secondo Lei, quali sono attualmente le maggiori aspettative della comunità italo-gaúcha, siano esse nell’ambito politico, economico, sociale o anche in quello burocratico che ha a che vedere con il riconoscimento della doppia cittadinanza?

Panaro

– Non è stata ancora fatta una ricerca sulla domanda e gli interessi prioritari della comunità Italiana e italo-gaúcha nel RS. Un incontro con le Associazioni italiane e con i Comites (Comitato degli Italiani all’Estero) nei prossimi mesi potrebbe favorire questa consultazione e magari dibattere altri argomenti, per esempio: come favorire il voto degli Italiani all’estero, come migliorare l’integrazione delle Entità italiane con il Consolato, quali iniziative nell’area dell’informazione sarebbero più adeguate, ecc.. Dobbiamo distinguere tra aspettative della comunità di italiani e dall’altro lato quella degli “oriundi”. Permettendomi di interpretare il pensiero della prima, mi sento di dire che essa è interessata ad ottenere servizi consolari all’altezza di un Paese evoluto ed un appoggio alle sue iniziative nella cultura, l’assistenza ai meno abbienti, le attività delle Associazioni, la specializzazione professionale ed economica. Gli “oriundi” sono invece interessati ad ottenere, soprattutto, il riconoscimento della cittadinanza italiana ed una maggiore conoscenza dell’Italia. Mi piacerebbe che qualcuno trovasse le migliori risposte per conciliare richieste che non coincidono e che a volte non sono compatibili con le disponibilità finanziarie dello Stato italiano o con interessi di lungo periodo.

Lei sta inaugurando una nuova struttura consolare, spaziosa e ben organizzata. Ci saranno anche maggiori risorse e personale per portare avanti i servizi?

Panaro

– La nuova sede consolare permette di offrire più spazio e funzionalità, migliore servizio al pubblico, più qualità nel prestarlo, migliore archiviazione dei documenti e più funzionari. L’operazione rientra in un più ambizioso progetto, un sogno che ha nella Piazza Italia a Porto Alegre l’obiettivo principale. Un architetto ha già presentato un progetto che prevede un restyling italiano di una delle più belle piazze di Porto Alegre. Il Comites (Comitato degli Italiani all’Estero) ed il Consolato, potrebbero appoggiare questo progetto affinché si ottengano le autorizzazioni necessarie alla sua realizzazione, insieme ai patrocinatori italiani e gaúchi interessati. La distanza tra la nuova sede consolare e la Piazza Italia è di circa tre isolati. La nuova Sede è anche una sfida alle limitate risorse economiche dell’attuale situazione della rete consolare italiana in Brasile. Ma è una garanzia di continuità ed una scommessa fatta per attirare l’attenzione del Ministero degli Affari Esteri Italiano e della comunità italiana nel RS affinché appoggino la crescita strutturale del proprio Consolato, a fronte delle iniziative fino ad oggi prese e per gli interessi del cosiddetto Sistema Italia.


OBJETIVO: DESPERTAR INTERESSES. LÁ E CÁ

O cônsul geral Mario Panaro, do Rio Grande do Sul, fala a Insieme sobre a comemoração dos 130 anos da Imigração Italiana no Estado.

Que importância tem, a seu ver, a comemoração do 130º aniversário do início oficial da colonização italiana no RS?

Panaro – Ela permite em primeiro lugar lembrar o fenômeno da imigração italiana no RS no seu berço, que é Nova Milano (distrito de Farroupilha), e destacar a sua importância para o desenvolvimento do Estado. A comemoração oferece também uma oportunidade para apresentar uma programação de eventos culturais, institucionais, festivos e econômicos nas cidades onde a presença dos descendentes italianos é maior. As parcerias com Entidades italianas e empresas privadas de “oriundi” proporcionam a oportunidade para realizar projetos na área cultural e de cooperação econômica. A divulgação que a mídia dará aos eventos representa um forte estímulo para que os promotores das diferentes iniciativas sejam conhecidos e valorizados. Mais de 400 mil Reais serão gastos nos próximos 10 meses, sendo a maior parte sob forma de patrocínios particulares. O Consulado Geral de Itália no RS é um dos protagonistas desta programação em parceria com algumas Associações italianas e com a Secretaria de Cultura do Estado do RS.

Os festejos vão até o final do ano: fora a questão sentimental, o que a evocação da epopéia dos imigrantes poderá produzir em termos de contribuição para a melhoria do relacionamento atual com a Itália?

Panaro – As visitas de personalidades públicas e privadas italianas proporcionarão um momento para um aprofundamento das relações bilaterais. A visita oficial do Embaixador da Itália, Michele Valensise, que se realizou de 2 a 5 de março de 2005, representa a primeira manifestação do interesse que a Itália tem para uma comunidade de “oriundi” expressiva e importante do ponto de vista social, econômico e cultural. A viagem à Itália do Governador do RS, Germano Rigotto, no decorrer de 2005 seria outro exemplo de estímulo a um intercâmbio maior entre a Itália e o RS. Enfim cabe destacar a expectativa que algumas Regiões italianas possam contribuir a alimentar uma retomada de contatos nos setores interessados pelas iniciativas comemorativas.

A seu ver, quais as principais expectativas da comunidade ítalo-gaúcha na atualidade, seja no âmbito político, econômico, social ou mesmo naquele burocrático que tem a ver com o reconhecimento da dupla cidadania?

Panaro – Ainda não foi realizada uma pesquisa sobre demandas e interesses prioritários da comunidade italiana e ítalo-gaúcha no RS. Uma reunião com as Associações italianas e com o Comites (Comitê dos Italianos do Exterior) nos próximos meses poderia favorecer esta consulta e talvez debater outros assuntos, por exemplo: como favorecer o voto dos Italianos no exterior, como melhorar a integração das Entidades italianas com o Consulado, quais inciativas na área da informação seriam mais adequadas, etc.). Devemos distinguir entre expectativas por um lado da comunidade de Italianos e por outro lado dos “oriundi”. Interpretando livremente as primeiras, posso dizer que ela está interessada em conseguir serviços consulares à altura de um País avançado e um apoio nas suas iniciativas nos setores da cultura, da assistência às pessoas carentes, das atividades das Associações, da capacitação profissional e da economia. Os “oriundi” estão interessados em conseguir sobretudo o reconhecimento da cidadania italiana e um melhor conhecimento da Itália. Eu gostaria que alguém encontrasse as melhores respostas para conciliar demandas que às vezes divergem ou não são compatíveis com as disponibilidades orçamentárias do Estado italiano ou com interesses a longo prazo. ■ O Sr. está inaugurando uma nova agência consular, espaçosa e muito bem equipada. Terá também mais recursos e mais pessoal para tocar os serviços?

Panaro – A nova Sede consular permite oferecer maior espaço e funcionalidade, melhor atendimento ao público, mais qualidade na prestação de serviços, conservação de documentos e contratação de um maior número de funcionários. A operação realizada faz parte de um projeto ambicioso, de um sonho que tem a Praça Itália em Porto Alegre como alvo principal. Um arquiteto já preparou uma proposta que prevê a decoração em estilo italiano de uma das mais lindas praças de Porto Alegre. O Comites (Comitê dos Italianos do Exterior) e o Consulado poderiam apoiar este projeto para que consigam as autorizações necessárias e realizá-lo junto aos patrocinadores italianos e gaúchos interessados. A distância entre a nova Sede consular e a Praça Itália é aproximadamente de três quadras. A nova Sede é também um desafio aos limites orçamentários que a situação da rede consular italiana no Brasil ainda apresenta. Enfim ela é uma garantia de continuidade e uma aposta voltada a chamar a atenção do Ministério das Relações Exteriores de Itália e da comunidade italiana no RS para o seu apoio a um crescimento estrutural do próprio Consulado, justificado pelas iniciativas até agora tomadas e pelos interesses do chamado Sistema Itália.