CURITIBA – PR – Moção que obriga o governo italiano à imediata suspensão de todas as decisões até aqui tomadas sobre reorganização da rede consular, de acordo com projeto do Ministério das Relações Exteriores, foi apresentada na manhã de hoje no Senado italiano, tendo como primeiros signatários os senadores eleitos pela Circunscrição Eleitoral do Exterior Claudio Micheloni (PD), Aldo Di Biagio (SCpI), Francesco Giacobbe (PD), Fausto Longo (Psi), Renato Turano (PD) e Claudio Zin (Maie).
A informação foi fornecida pela assessoria parlamentar dos próprios subscritores da moção e imediatamente difundida pelas redes sociais. O plano de fechamento de diversos consulados e embaixadas mundo a fora foi realizado pelo próprio MAE, sem seguir a orientação da Comissão sobre a Spendig review (revisão das despesas, em tradução livre) instituída pelo governo anterior e “não leva em consideração a necessidade de nossos concidadãos residentes no exterior”, escreveram os senadores.
A moção, além disso, obriga o governo a apresentar às Comissões Parlamentares competentes um plano de reorganização da rede consular e dos desviços diplomáticos seguindo às diretrizes contidas na lei sobre a revisão das despesas sem prejuízo dos serviços, do relatório da Comissão “spending review” do Ministério das Relações Exteriores em 2012 e das linhas indicadas pelo programa de trabalho do Comissário Extraordinário para a revisão da Despesa Pública, Carlo Cottarelli.
Desde que assumiu o Ministério das Relações Exteriores, no início do ano, a ministra Emma Bonino vem anunciando sucessivos planos de fechamento de consulados, embaixadas e Institutos de Cultura, baseada em números apenas. O fato tem gerado protestos e muitas críticas das diversas comunidades italianas afetadas pelas medidas.
Na última leva de fechamentos, só na América do Sul figuram o Consulado da Itália em Recife, responsável por uma jurisdição que abrange nove Estados brasileiros, além do único consulado do Uruguai, transformado em Chancelaria, e de consulados na Argentina e Venezuela.
Todos os pedidos até aqui das diversas instâncias da representação italiana nos países da América do Sul caminham em sentido contrário, isto é, do reforço de suas estruturas, com a contratação de mais gente e equipamentos necessários ao atendimento da maior comunidade itálica do mundo, com destaque especial para o Brasil.