CURITIBA – PR – Senador da Republica Italiana não sabe escrever em italiano e quer ser Presidente da Argentina:
Com o direito que nos foi dado para elegermos dois senadores e três deputados para nos representar no Parlamento Italiano e com a falta de união da comunidade ítalo-brasileira, a Argentina elegeu quatro, dos cinco, parlamentares que a América Meridional tinha direito.
Até ai nada de mais pois afinal se eles foram mais inteligentes do que nós, conseguiriam nos dividir e nossos candidatos caíram no “canto da sereia argentina” ficamos com um só representante na Câmara dos Deputados, cujo eleito foi Fabio Porta.
Passado pouco mais de um ano das eleições me permito fazer uma consideração sobre o Senador Esteban Juan Caselli, eleito. pelo PDL, para nos representar no Parlamento Italiano.
Recebi cópia de uma correspondência enviada pelo Senador Caselli, em papel timbrado do Senado Italiano, dirigida ao Embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca. Correspondência, essa, que solicita a Comunidade Ítalo-Brasileira ajuda para as vitimas do terremoto no Abruzzo. Louvável atitude do Senador, se não fosse pelo fato de que a correspondência, repito, em papel timbrado do Senado, dirigida a um Embaixador da Itália no Brasil, um pais de língua portuguesa, estivesse escrita no idioma Espanhol.
Minha indignação com o fato foi tanta que procurei saber dos colegas argentinos, do CGIE, se havia algum motivo para que um Senador da Republica Italiana escrevesse a um embaixador italiano, num pais de lingua portuguesa, uma correspondência em língua espanhola. A resposta foi “ele não sabe escrever em italiano”. Meu Deus, como pode um Senador da República não saber falar ou escrever o idioma do País para o qual ele é eleito no Parlamento?
Agora, outra surpresa, o Senador Caselli quer ser Presidente da Argentina. È um direito dele? Pode ser, mas primeiro tem que pedir demissão do Parlamento Italiano, pois afinal se a culpa é nossa que ele esteja lá, não podemos aceitar que ele use o Parlamento Italiano como um trampolim para suas ambições políticas na Argentina.
Ele foi eleito para representar a Comunidade Italo-sulamericana e se, até agora, não o fez, pelo menos tenha a dignidade de deixar o lugar para alguém que se preocupe com nossos problemas, enquanto Comunidade Italiana.
Espero que este episódio faça com que a comunidade ítalo-brasileira abra os olhos, mesmo que no futuro.
Ah, antes que me esqueça, estou escrevendo em português, para facilitar a leitura dos milhares de leitores de Insieme, que não conhecem a lingua italiana.
Walter A. Petruzziello
Consigliere CGIE – Brasile