Brasil e Argentina dominam o quadro eleitoral italiano na América do Sul (Arte/Insieme)

Dos mais de um milhão e trezentos mil eleitores que poderão votar por correspondência nas próximas eleições para a renovação do Parlamento italiano em toda a América do Sul, a Argentina sozinha supera a soma de todos os demais países, segundo dados obtidos pela revista Insieme. O Brasil, onde mora a maior comunidade itálica do mundo, é o segundo colégio eleitoral da área, e soma 351 mil eleitores – menos da metade do total argentino -, ou o correspondente a 25,657% do total de eleitores em condições de voto.

O colégio eleitoral da Argentina corresponde a 52,212% (714.277 eleitores) do total de exatos 1.368.027 eleitores italianos na América do Sul, que elegerão quatro deputados e dois senadores que integrarão a bancada da Circunscrição Eleitoral do Exterior, composta, no total, por 12 deputados e seis senadores.

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Juntos, o Brasil e a Argentina somam 1.065.277 eleitores, ou o correspondente a 78,869% da força eleitoral de toda a comunidade italiana da América do Sul. Os dados, entretanto, não são oficiais, mas muito próximos da realidade.

A Venezuela segue como a terceira força eleitoral da área, totalizando 99.265 eleitores, ou o correspondente a 7,256% do total, vindo a seguir o vizinho Uruguai, com seus 85.814 eleitores, ou o correspondente a 6,273% do total de votantes.

Pela ordem, depois, seguem o Chile (49.386 eleitores, ou 3,610%), o Peru (17.677 eleitores, ou 2,023%), a Colombia (15.701 eleitores, ou 1,148%), o Equador (13.565 eleitores, ou 0,992%), o Paraguai (8.369 eleitores, ou 0,612%), a Bolívia (2.886 eleitores, ou 0,211%) e, finalmente Trinidad (87 eleitores, ou 0,006% do total de eleitores italianos da América do Sul).

As eleições na Itália serão realizadas dia 4 de março, mas na Circunscrição Exterior, onde o voto é por correspondência, o processo começa bem antes. Logo após o carnaval, os eleitores deverão receber em seus endereços o envelope contendo orientações para votar, juntamente com as cédulas para o Senado e para a Câmara e os respectivos envelopes que devem ser devolvidos aos Consulados com os votos.

Diversamente do que ocorre em eleições no Brasil, nem todos poderão votar para o Senado. Para deputado, votam todos os maiores de 18 anos, devidamente inscritos no cadastro eleitoral italiano; para senador, entretanto, votam somente os regularmente inscritos com mais de 25 anos (artigo 58 da Constituição Italiana). No Brasil, o maior colégio eleitoral é representado pela jurisdição consular de São Paulo.