CURITIBA – PR – Com um coquetel marcado para ter início às 19h30min nas dependências do Cineplex do Shopping  Novo Batel, o cônsul geral da itália em Curitiba, Salvatore Di Venezia, abre a VII Semana Venezia Cinema, um dos eventos do Momento Itália Brasil. A mostra, além de Curitiba, acontece em São Paulo, Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, com a exibição de Terra Ferma,  de Emanuele Crialese; Qando la Notte, de Cristina Comencini; Il Villaggio di Cartone, de Ermanno Olmi; L’Ultimo Terrestre, de Alfonso Pacinotti; Noi Credevamo,  de Mario Martone; e 1860,  de Alessandro Blasetti. Exceto os últimos dois, rodados respectivamente em 2009 e em 1934, trata-se de uma seleção de filmes italianos apresentados durante a 68ª Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica de Veneza. Quatro das seis obras selecionadas – segundo informa o Consulado – são um panorama da produção cinematográfica contemporânea italiana que concorreu no último Festival de Veneza. Os outros dois filmes – Noi Credevamo e 1860 – querem homenagear os 150 anos da Unificação Italiana celebrados neste ano. O local das exibições em Curitiba é no  Cinema Novo Batel – Al. Dom Pedro II, 255 – Bairro Batel – Curitiba – Fone: (41) 3222-4484 e as projeções que se iniciam dia 17 vão até o dia 22, sempre às 20h30min com ingresso livre. A seguir, as sinoples distribuídas pela Embaixada da Itália e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo:

TERRAFERMA  direção: Emanuele Crialese, Itália – 2011, 35mm; 88’
Elenco: Filippo Pucillo, Donatella Finocchiaro, Mimmo Cuticchio, Giuseppe Fiorello, Timnit T., Claudio Santamaria
Duas mulheres, uma natural da ilha e uma estrangeira transformam a vida uma da outra. No entanto, têm um mesmo sonho, um futuro diferente para seus filhos, a sua terra firme. Terra firme é a meta de quem navega, mas também é uma ilha solidamente ancorada a tradições firmes no tempo.
É com a imobilidade desse tempo que a família Pucillo deve se confrontar. Ernesto tem 70 anos, gostaria de parar o tempo e não gostaria de se desfazer de seu pesqueiro. Seu neto Filippo tem 20 anos, perdeu o pai no mar e está dividido entre o tempo de seu avô Ernesto e o tempo de seu tio Nino, que parou de pescar peixes para capturar turistas. Sua mãe Giulietta, jovem viúva, sente que o tempo imutável desta ilha tornou a todos estrangeiros e que nunca poderá haver um futuro para ela e nem para seu filho Filippo. Para viver é preciso encontrar a coragem de ir embora. Um dia, o mar traz para suas vidas outros viajantes, entre eles Sara e seu filho. Ernesto os acolhe: é a antiga lei do mar. Mas a nova lei do homem não o permite, e a vida da família Pucillo está destinada a ser transformada radicalmente, sendo preciso escolher uma nova rota.
Comentário do diretor Terraferma [Terra firme] é um filme sobre buscar um sentido ou um remédio para o próprio destino. Sobre nos reconhecermos humanos porque somos estrangeiros, porque somos inadequados para permanecer. Narrativa de uma realidade que temos diante de nós cotidianamente, mas sem intenção de documentário, transformando-a em uma dimensão quase de fábula, separada do tempo e de lugares reais. Uma fábula que visa o coração e a barriga do espectador mais do que a sua cabeça. Espero que no plano racional suscite reflexões. Eu partí da ideia de “estrangeiro“: a condição de estrangeiro é constitutiva de todo ser humano, de todo lugar e tempo. A nenhum homem pode ser negado o direito de poder procurar em outro lugar.
Biografia Diretor: romano de origem siciliana. Desde 1991, na América do Norte, estudou direção na NYU onde se formou em 1995. Depois de diversos curtas, estreou no longa-metragem em 1997 com Once We Were Strangers, primeiro filme italiano convidado ao Sundance. Em 1999, colaborou como autor em um projeto sobre a Ellis Island com o produtor Bob Chartoff. Em 2002, venceu a Semana da Crítica com Respiro, que entusiasmou a França, foi visto em mais de trinta países e também obteve um notável sucesso na Itália. Em 2006, com Nuovomondo venceu o Leão de Prata Revelação na Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza. O filme, apresentado nos Estados Unidos por Martin Scorsese, foi apreciado no mundo todo.

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QUANDO LA NOTTE  direção:Cristina Comencini, Itália –  2011, 35mm; 116’
Elenco Claudia Pandolfi, Filippo Timi, Thomas Trabacchi, Michela Cescon, Denis Fasolo
Um homem e uma mulher se encontram nas montanhas. Manfred é um guia alpino, fechado e orgulhoso, abandonado pela esposa e pelos filhos; Marina é uma jovem mãe em férias com seu filho. Uma noite, algo acontece no apartamento dela e Manfred intervém, levando o menino ferido ao hospital. A partir daquele momento, o homem percorrerá as pistas de uma verdade inconfessável que Marina escondeu de todos, até mesmo do marido, enquanto ela intuirá o segredo familiar que está na origem do ódio que Manfred sente por todas as mulheres. Com uma raiva e um desejo nunca sentidos antes, os dois descobrirão a raiz de uma ligação poderosa que não conseguirão controlar nem viver. Quinze anos depois daquelas férias, Marina, no inverno, voltará ao refúgio para procurar Manfred.
Comentário do diretor: Há uma imagem em Quando a noite em que dois teleféricos, que vêm de direções opostas, cruzam-se por um instante no alto, suspensos. Pois bem, esta imagem resume a história de Manfred e Marina: um homem e uma mulher, que vêm de histórias completamente diversas, encontram-se e se reconhecem por um instante como seres humanos. Sua relação é um duelo constante, refreado e estimulado ao mesmo tempo pela presença de uma criança, na qual o homem se reconhece e para a qual a mulher busca desesperadamente fazer o papel de mãe sem conseguir. Deste núcleo primário, difícil de transpor como a montanha grande e dura que os cerca, nasce uma ligação única. Desejam-se por serem diferentes, conhecem-se completamente por pouco, mas salvam suas vidas para sempre.
Biografia: Cristina Comencini nasceu em Roma, em 1956. Filha do diretor Luigi Comencini, antes de chegar ao cinema trabalhou por alguns anos como jornalista econômica e pesquisadora. Em 1982, começou sua carreira de roteirista ao lado do pai para depois estrear na direção, em 1988, com Zoo. Passou com sucesso das comédias a filmes de teor mais dramático e paralelamente ao trabalho de diretora desenvolve o de autora de romances (entre os quais L’illusione del bene finalista do Prêmio Strega) e textos teatrais (entre eles a elogiada comédia Due partite). Em 2005, com La bestia nel cuore – apresentado na Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza e premiado com a Taça Volpi pela interpretação feminina de Giovanna Mezzogiorno – obteve a prestigiada indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

L’ULTIMO TERRESTRE  direção: Alfonso Pacinotti, Itália – 2011,  35 mm; 100’
Elenco: Gabriele Spinelli, Anna Bellato, Roberto Herlitzka, Paolo Mazzarelli, Sara Rosa Losilla, Vincenzo Illiano, Teco Celio, Luca Marinelli, Stefano Scherini, Ermanna Montanari
A história se passa durante a última semana antes da chegada à terra de uma civilização extraterrestre. Uma chegada anunciada pelo governo. Uma notícia divulgada tarde da noite, que não entusiasmou ninguém. Os extraterrestres encontram um país cansado e desiludido, numa crise econômica manifesta e gravíssima. As reações das pessoas à vinda dos extraterrestres vão desde racismo até extravagantes interpretações místico-religiosas. Esta é a ambientação de nossa história. Mas o filme não conta a história de um povo, ao invés disso, segue a vida de Luca Bertacci, um homem com enormes problemas de relacionamento, um homem que, abandonado pela mãe quando pequeno, cresceu no ódio pelas mulheres. Na desconfiança e, sobretudo, na incapacidade de ter sentimentos. Mas a chegada dos extraterrestres irá mudar tudo. Difícil, ao final da história, deixar de pensar que esses extraterrestres com sua chegada tão parecida com um “juízo universal” tenham vindo à terra somente por causa dele. Como um presente.
Comentário do diretor: Sempre pensei que para contar a realidade de modo fiel fosse preciso trai-la profundamente. Estou também convencido de que seja quase inútil tentar descrever a contemporaneidade contando a contemporaneidade, visto que os tempos de mutação são tão rápidos que qualquer “hoje“ se transforma em “ontem“ no tempo necessário para escrever esta palavra. Para evitar esta armadilha, nossa história é ambientada no futuro. Apenas alguns anos à frente. Digamos três. Não mais do que isso. Uma Itália depois da Itália, que nos permita brincar de imaginar a direção extrema que uma condição social poderia tomar. Esta é a intenção.
Biografia: Gian Alfonso Pacinotti (Gipi) nasceu em Pisa em 1963. Em 1994, começou a publicar tiras e contos breves na revista satírica “Cuore“. As primeiras histórias em quadrinhos saíram na revista mensal “Blue“ e depois em outras publicações e jornais italianos. Para a editora Coconino Press realizou diversos livros: de Esterno Notte aos Appunti per una storia di guerra, premiado como melhor história em quadrinhos do ano no Festival Internacional de Angoulême, em 2006. Entre suas obras estão Questa è la stanza, a série Baci dalla provincia, S., La mia vita disegnata male, a antologia Diario di fiume e Verticali. Gipi também è ilustrador do jornal “La Repubblica“ e colabora com a revista semanal “Internazionale“. O último terrestre é seu primeiro filme.

IL VILLAGGIO DI CARTONE  direção: Ermanno Olmi, Itália – 2011, 35mm; 87’
Elenco: Michael Lonsdale, Rutger Hauer, Massimo De Francovich, Alessandro Haber, Irima Pino Viney, Elhadj Ibrahima Faye
Como um monte de trapos jogados fora, nos degraus do altar. Está o velho Padre, por muitos anos pároco naquela igreja que agora não serve mais e está desativada. Os operários tiram das paredes os quadros dos santos e os objetos sacros mais preciosos. Um longo braço mecânico retira o grande Crucifixo do tamanho de um homem dependurado na cúspide para descê-lo ao chão como um derrotado. É inútil se opor: nada poderá parar o curso dos eventos que a premência de novas realidades impõe à história. Todavia, diante da destruição de sua igreja, o Padre sente surgir uma nova percepção que o sustenta. Parece-lhe que somente agora aquelas paredes desnudadas revelem uma sacralidade que antes não aparecia. A partir deste momento de desconforto terá início uma ressurreição em espírito novo da missão sacerdotal. Não mais a igreja das cerimônias litúrgicas, dos altares dourados, e sim a Casa de Deus onde encontram refúgio e conforto os miseráveis e os desamparados. Serão eles os verdadeiros ornamentos do Templo de Deus. A vida do velho Padre também encontrará novos caminhos de caridade, fraternidade e até mesmo de coragem para executar os atos de amor que pedem o sacrifício extremo, como alto significado da consagração sacerdotal. Inicia-se um tempo no qual o mundo tem a necessidade de homens novos e justos para desmascarar a ambiguidade das palavras com a objetividade das ações.
Comentário do diretor A narrativa não destacará somente o mais evidente, e alguma vezes previsível, Problema Racial, mas principalmente o diálogo entre religiões que, quando se libertam do peso das igrejas como rígidas instituições que separam, não só tornam possível encontrar-se e se reconhecer, mas também suscitam solidariedade compartilhada.
Biografia: Nasceu em Bérgamo, em 1931. Profundamente ligado às suas origens rurais privilegia os sentimentos das pessoas simples e as relação com a natureza. Muito jovem, transferiu-se para Milão onde se inscreveu n Academia de Arte Dramática. Sua grande paixão pelo cinema levou-o a organizar, para a empresa em que foi contratado, a EdisonVolta, o serviço cinematográfico e dirigiu, entre 1953 e 1961, cerca de trinta documentários inspirados no mundo do trabalho. Em 1959, estreou com seu primeiro longa-metragem, Il tempo si è fermato. Em Milão e Roma frequentou de Rossellini a Bresson, de Pasolini a Monicelli a Suso Cecchi d’Amico, de Bergman a Kiarostami a Ken Loach, com eles compartilhou projetos e grande amizade. Em 1978, conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes com a obra prima L’albero degli zoccoli. Em 1998, La leggenda del santo bevitore foi premiado na Mostra de Cinema de Veneza com o Leão de Ouro. Sempre em Veneza, em 2008, foi-lhe conferido o Leão de Ouro pela carreira.

NOI CREDEVAMO direção: Mario Martone,  Italia , 2009 – 35mm , 204’
Elenco: Luigi Lo Cascio, Valerio Binasco, Toni Servillo, Edoardo Natoli, Luigi Pisani, Luca Zingaretti, Andrea Bosca, Guido Caprino, Michele Riondino, Andrea Renzi
Três rapazes do sul da Itália, após a feroz repressão burbônica das agitações que, em 1828, envolveram suas famílias, pensam na decisão de se afiliar à Giovine Italia de Giuseppe Mazzini. Em quatro episódios que correspondem a páginas obscuras do processo do Risorgimento para a unidade da Itália, as vidas de Domenico, Angelo e Salvatore serão tragicamente marcadas pela sua missão de conspiradores e revolucionários, divididos como estarão entre rigor moral e pulsão homicida, espírito de sacrifício e medo, cárcere e clandestinidade, entusiasmos ideais e desilusões políticas. Como pano de fundo, a história mais desconhecida do nascimento do país, dos conflitos implacáveis entre os “pais da pátria”, da insanável fratura entre norte e sul, das tortuosas raízes sobre as quais se desenvolveu a Itália em que vivemos.
Comentário do diretor: Na Itália, em 2011, acontecerá o 150º aniversário da Unificação Italiana, um tema hoje crucial e muito discutido. Noi credevamo [Nós acreditávamos] trata de alguns aspectos da luta que se combateu para realizar essa unidade, mas não é um filme de ocasião. Eu o concebi sete anos atrás, e nunca pensei que sua realização necessitaria de um tempo tão longo. Trabalhamos muito obstinadamente por anos: agora que a viagem chegou fatalmente a esta data e à Mostra de Veneza, cidade símbolo daquela luta, não podemos deixar de estar felizes.
Biografia: Nascido em Nápoles, em 1959, é diretor de cinema e teatro. Iniciou com o teatro de vanguarda em 1977, fundando o grupo Falso Movimento e, dez anos depois, criou a companhia Teatri Uniti. Encenou tanto trágicos gregos como autores contemporâneos e é curador da direção de obras líricas nos maiores teatros do mundo. Em 1992, roda seu primeiro filme como independente, Morte di un matemático napoletano, que recebe o Grande Prêmio Especial do Júri em Veneza. Sequem-se Rasoi, L’amore molesto, Teatro di guerra, também coproduzidos pela sua companhia Teatri Uniti. Em 2004, realiza L’odore del sangue. Recebeu, por seus filmes, dois David de Donatello e um Nastro d’Argento. Entre seus trabalhos também se incluem numerosos curtas-metragens, documentários e filmes de montagem. Atualmente, é diretor do Teatro Stabile de Turim.

1860
Alessandro Blasetti, Itália, 1934 – 35mm, 80’
Elenco: Aida Bellia – Andrea Checchi – Gianfranco Giachetti – Giuseppe Gulino – Laura Nucci – Maria Denis – Mario Ferrari – Otello Toso – Vasco Creti 
Adaptado de um conto de Gino Mazzocchi e inspirado pelas Noterelle d’uno dei Mille edite dopo vent’anni [Anotações de um dos Mil, editadas vinte anos depois], de Giuseppe Cesare Abba, o filme foi muito apreciado pela crítica, mas não pelo público, da época e considerado, depois da guerra, um dos precursores do neorrealismo. Objeto de uma longa polêmica de caráter histórico e amplamente acusado pela sua consonância evidente ou implícita com a propaganda do regime fascista, hoje o filme conta, pela sua severa simplicidade estilística influenciada pelo cinema soviético, a descoberta da paisagem, a corajosa escolha de tipos e personagens populares, mas também a incumbência como herói e demiurgo de Garibaldi que, no entanto, aparece fisicamente somente em seis velozes cenas. O próprio Blasetti cuidou, depois da guerra, de uma edição cortando 5 minutos, que continham referências mais grosseiras à propaganda Fascista e que saiu com o título de I Mille di Garibaldi [Os Mil de Garibaldi], em 1951. A cópia de 1934, restaurada pela Cinemateca Nacional de Roma – Centro Experimental de Cinematografia, foi gentilmente cedida para o Venezia Cinema VII 2011, por ocasião dos 150 Anos da Unificação da Itália.
Sicília, 1860. O jovem patriota siciliano Carmeliddu parte para o continente para encontrar o coronel Carini e solicitar sua partida. O coronel está, na verdade, em Gênova com Giuseppe Garibaldi, que prepara sua expedição para libertar a ilha da dura repressão burbônica. Carmeliddu deve, portanto, abandonar a amada Gesuzza e alcançar, depois de uma difícil navegação, Civitavecchia, para prosseguir então de trem para Gênova. Esta é a oportunidade para o picciotto1, encontrar pessoas que sustentam posições diferentes sobra a situação política italiana e lhe permitem descobrir a existência de um amplo debate que até então ele desconhecia. Chegando a seu destino, encontra Carini e assiste, impotente e com crescente temor à difícil preparação da tão esperada expedição.Em 5 de maio, a expedição zarpa finalmente de Quarto e desembarca em Marsala. Garibaldinos e picciotti sicilianos combatem juntos e vencem em Calatafimi: a libertação da Sicília do domínio burbônico começou.
Biografia: Alessandro Blasetti (1900-1987) nasceu em Roma. Já como crítico cinematográfico para jornais e revistas, fundou, em 1927, junto com um grupo de amigos a produtora Augustus, dirigindo, um ano depois, seu primeiro filme, “Sole” [Sol] (1929), inspirado nas películas do realismo soviético. A seguir, Blasetti torna-se diretor de ponta do regime e se destaca pela sua prolificidade: deste período, devem ser apontados pelo menos “1860” (1934) e “Vecchia guardia” [Velha Guarda] (1935). Depois disso, ele irá se revelar um cineasta eclético e muito capaz, determinado e autoritário (daí o apelido de “diretor com botas”), profundo conhecedor da técnica da sétima arte, buscou um cinema espetacular e com traços populistas, percurso de genéricas posições pacifistas e de não menos vagas críticas às ditaduras. No pós-guerra ele lança trabalhos puramente comerciais e abre as portas para o filme-inquérito de argumento sexy