A campanha política para as próximas eleições italianas nem começou, e um elemento novo já está sendo colocado em debate na comunidade ítalo brasileira pelo pré-candidato a deputado ao Parlamento Italiano, Walter Fanganiello Maierovitch: Quem financia quem na corrida ao Parlamento italiano?
Um dos reais moinhos de vento do desembargador aposentado e ex-ministro do governo Fernando Henrique, filiado ao “Articolo Uno – Movimento Democrático e Progressista” é, nada mais, nada menos, a Fiesp que, “sem nada a ver com a Itália, apoia e trabalha para a chapa Fausto Longo–Fabio Porta”, segundo Fanganiello postou por volta das 21 horas de hoje (02/10) em seu perfil do FaceBoock.
A observação em tom de denúncia do pré-candidato vem acompanhada de duas imagens – uma do imponente prédio da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e outra do empresário e presidente da entidade, Paulo Skaf, descrito pelo internauta Eustáquio Moreira Bem, logo abaixo do post de Fanganiello, como “um parasita do Estado que posa de liberal meritocrático”.
Segundo Fanganiello, o senador Longo “não fala e nem entende a língua italiana” e “teve negado requerimentos para, no Senado italiano, falar em português”. Como Skaf, “nunca foi socialista”. O pré-candidato acrescenta que, não obstante, “Longo está filiado ao Partido Socialista Italiano e faz dobradinha com o deputado Porta, do decadente Partido Democrático do ex-premier Matteo Renzi”.
“Fora Fiesp”, exorta Fanganiello, ao observar que ambos buscam a reeleição, tendo Skaf “de cabo eleitoral e a Fiesp na execução”. Na verdade, a ser real o quadro pintado por Fanganiello, repete filme já visto, pois replica a fórmula da eleição passada, em 2013, cujo resultado surpreendeu o próprio Fausto Longo, que se dizia-se incrédulo com a própria eleição e que apregoava não buscar sua própria reeleição.
As eleições italianas no exterior, embora submetidas a algum controle do sistema legal italiano, passaram até aqui ao largo de aspectos substanciais relacionados ao financiamento dos candidatos, submetidos a maratonas continentais em busca dos eleitores distribuídos em áreas tão vastas como, por exemplo, a América do Sul. Há, ainda, a notória e cada vez mais incisiva interferência de partidos locais que, como se sabe, exerceram grande papel, se não financeiro, pelo menos logístico na eleição de candidatos como, por exemplo, a atual deputada Renata Bueno, do Partido Popular Socialista – PPS.
O alerta de Fanganiello, entretanto, tem torcida e apoio irrestrito de eleitores como o internauta Humberto Casagrande, quando diz, sob o mesmo post: “Vamos melhorar nossa representação no Parlamento italiano. Nós queremos gente como você que nos represente”.