Depois de ter concorrido três vezes consecutivas para o Senado, o advogado Walter Petruzziello sairá candidato à Câmara dos Deputados nas próximas eleições italianas, marcadas para o dia 4 de março próximo. Ele concorrerá pelo Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’, ao lado do igualmente advogado Luis Molossi, também de Curitiba, coordenador do partido no Brasil, que não terá candidato ao Senado em função da candidatura única ao posto do ítalo argentino Ricardo Merlo, em toda a América do Sul.

Neste primeiro de uma série de vídeos que a revista Insieme realizou com Petruzziello, o candidato explica os motivos que o levaram a candidatar-se à Câmara. “Como eu tenho vontade de estar no Parlamento para trabalhar – afirma ele – acho que minha oportunidade de ajudar as pessoas pode ser na Câmara dos Deputados”.

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Petruzzielo, que assegura não importar, no compromisso com a solução dos problemas dos italianos que vivem no exterior, o argumento “cireita-centro-esquerda”, assinala na deficiente estrutura consular italiana o grande problema a ser enfrentado, caso se eleja. “As representações consulares são deficitárias e causam grande dano à nossa comunidade”, diz o candidato.

Ele também advoga a necessidade de realizar modificações legislativas para “adaptar algumas leis à realidade fora da Itália” na normatização procedimental para o reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue. “As coisas que causam problemas à nossa comunidade” devem ser resolvidas e esta será a “grande luta” de Petruzziello, segundo diz, sem “falsas promessas”.

Embora se abstenha de criticar nominalmente os parlamentares que até aqui foram eleitos no exterior para o Parlamento italiano, Petruzziello reconhece que “não há um trabalho efetivo”, mais devido a “motivos políticos”, já que parte deles foi eleita por “partidos comandados por Roma”, sem autonomia, portanto, para votar contra algumas leis, ideias ou propostas do governo.

Sem citar nomes, Petruzziello critica a atuação do atual deputado Fabio Porta: “A própria taxa da cidadania foi criada pelo partido do governo, a pedido de um parlamentar eleito no exterior que acabou dando um tiro no próprio pé”, diz ele no vídeo.