(Português BR) Discriminação consular: Deputado Lorenzato também protesta. “A gente vale menos? Somos de segunda classe? Isso é um crime!”

Disculpa, pero esta entrada está disponible sólo en Português BR.

“Por que o filho de um cidadão italiano que nasce em Roma pode ter a cidadania e minha filha que nasce em Ribeirão Preto não pode? Hein? A gente vale menos? somos de segunda classe? Isso é um crime!” O deputado eleito na América do Sul para o Parlamento Italiano, Luis Roberto Lorenzato (Lega), é enfático no condenar a iniciativa do Consulado Geral da Itália em São Paulo que, através do “Canale rapido figli diretti” (Canal rápido filho diretos), estabeleceu critérios preferenciais de atendimento para os chamados “italianos natos”.

PATROCINANDO SUA LEITURA

O parlamentar confirmou a Insieme, durante vídeo-entrevista gravada a partir de Roma ontem, que classificou a discriminação como um ato criminoso (“reato”) quando a denúncia foi apresentada, durante a reunião do Sistema Itália, no início de dezembro último, na sede do consulado da Itália no Rio de Janeiro. A denúncia foi apresentada por Daniel Taddone, e estavam presentes, além dos cônsules que operam no Brasil, o embaixador da Itália, Antonio Bernardini, diretor da Farnesina para os italianos no mundo, Luigi Maria Vignali, e o subsecretário para os italianos no mundo, senador Ricardo Merlo.

No final da vídeo-entrevista (trecho que destacamos no vídeo que encabeça esta matéria), Lorenzato abordou espontaneamente o assunto, dizendo que queria falar de duas “aberrações” cometidas pelos consulados italianos que demonstram “que estou certo quando digo que a Farnesina – assim como o Itamarati, no Brasil – discrimina os seus cidadãos no mundo, não os trata com o mesmo amor”.

Uma dessas aberrações, disse ele, é o chamado “Canal rapido figli diretti”. Embora normalmente esse critério esteja sendo empregado para a chamada “fila da cidadania”, fontes diversas informam a Insieme que semelhante procedimento é adotado para a “fila do passaporte” também em outros consulados. O mesmo procedimento do canal «Figli diretti» de São Paulo está sendo adotada, desde o final do ano passado, em Curitiba.

Além do “Figli diretti”, Lorenzato coloca do dedo sobre outro problema, ou “aberração”, como diz: a exigência de apresentação de documentos em duplicidade para integrantes de uma mesma família nos processos de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue. “Se tem três primos que pedem o reconhecimento, obrigam-nos a juntar os mesmos documentos que deveriam estar tudo numa mesma pasta; fazem três jogos de documentos que depois não têm onde ser colocados e vão ser jogados fora”, raciocina Lorenzato.

Para o parlamentar, são exigências procrastinatórias e que redundam em gastos desnecessários para quem já paga a taxa obrigatória de 300 euros para cada processo de reconhecimento da cidadania. Além disso, ele alude à demora de alguns consulados no envio da documentação aos municípios italianos. Segundo Lorenzato, ele já escreveu ao cônsul geral de São Paulo, Felippo La Rosa, solicitando bom senso e está no aguardo de uma resposta que espera seja positiva.