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u SÃO PAULO – SP – Por ocasião do 4o Centenário da Pinacoteca do Estado de São Paulo e com o patrocínio do Instituto Italiano de Cultura e outras entidades, foi aberta a Exposição do pintor salernitano Antonio Ferrigno, que permaneceu no estado por doze anos entre os seculos XIX e XX, fazendo quadros de fazendas no interior. A exposição ficará aberta até o dia 14 de agosto de 2005.

Lillo Teodoro Guarnieri declara: esta exposição confirma a atenção da Pinacoteca do Estado e da Associação amigos da Arte-Sociarte, em evidenciar a influência da pintura italiana no panorama artístico paulistano, e reafirma o desejo do Instituto Italiano de ser parceiro de um dos mais importantes museus da America Latina. Um dos mais importantes pintores da Scuola di Maiori durante a convivência com mestres como Giacomo De Chirico (Venosa 1844-Nápoles 1883) adquire uma evidente personalidade e um importantíssimo valor iconográfico”.

Escreve o historiador G. Contursi, “Um edifício localizado entre as ruas XV de novembro e a rua do Palácio, em S. Paulo, abrigou na primavera de 1905, uma primorosa exposição, composta de 64 obras de Antonio Ferrigno. Tratou-se de um dos mais significativos eventos artísticos da época. Após 12 anos de permanência em S. Paulo, Ferrigno concluía sua fascinante experiência brasileira; tinha conquistado grande aceitação, um merecido sucesso e a consciência de Ter-se tornado um artista maduro. Hoje, passados 100 anos, uma grande exposição honra a memória de seu filho adotivo e mais uma vez apresenta à cidade suas melhores obras. Em Antonio Ferrigno. O desenho, a cor, a paisagem e os personagens tornam-se elementos unificadores de uma narrativa do tempo escandida pelo ritmo dos pensamentos e da imaginação. As emoções afloram em nuances tão autênticas quanto as praias da costa ou o azul do céu marinho. Ele conjuga a arte fabulosa e imediata do tratamento instintivo com os rastros da memória, e esta se transforma em viagem, trilha da alma, peregrinação emotiva…”

Ruth Sprung Tarasantchi , curadora da mostra diz “Antonio Ferrigno hoje è admirado como o pintor do café, por ter retratado as fazendas dos orgulhosos proprietários que queriam fixa-las em telas para enfeitarem suas salas e serem admiradas pelas visitas. Muitos artistas se dedicavam a esta tarefa. Entretanto, no caso de Ferrigno, a projeção que alcançariam suas obras seria distinta, graças ao convite que recebeu de um dos mais ricos cafeicultores paulistas, Manuel Ernesto da Conceição conde de Serra Negra, para pintar sua fazenda Victória”.

A exposição fica aberta de 25 de junho a 14 de agosto.