u CURITIBA – PR – Projeto de lei para criar a Semana da Colônia Italiana foi aprovado pela Câmara de Curitiba, nesta terça-feira (28.11.2006). A semana fará parte do calendário escolar e das atividades culturais e turísticas da cidade, de acordo com a proposta do vereador Ney Leprevost (PP), autor da iniciativa, em valorizar e expandir esta cultura. A comemoração anual coincidirá com o dia 20 de maio, dedicado à imigração italiana.

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O projeto, aprovado em segundo turno, está respaldado pela Constituição, que prevê a fixação de datas comemorativas de grande significado cultural. Órgãos da administração municipal ligados à cultura poderão contribuir para o sucesso da iniciativa, propondo um calendário, que, na opinião de Leprevost, “será bastante variado porque a cultura italiana é muito rica”.

O vereador, que ocupa a segunda vice-presidência da Casa, justificou sua iniciativa como “forma de incentivo à expansão da cultura italiana, através da leitura, pesquisa científica, manifestações culturais e artísticas e, ainda, na promoção de eventos, feiras e de divulgação da cultura local, dos seus variados grupos étnicos”.

 

História – Em Curitiba, a imigração italiana, notadamente formada por agricultores, teve seu ponto alto a partir de 1872. Na medida em que os grupos chegavam, foram formando núcleos  coloniais, que mais tarde deram origem aos bairros Pilarzinho, Água Verde, Umbará e Santa Felicidade. Atualmente, Santa Felicidade é um dos mais conhecidos, especialmente pela difusão da gastronomia. “Hoje, os descendentes destes primeiros imigrantes contribuem de forma importante, em todas as áreas de atividades”, reafirmou Leprevost. O parlamentar acrescentou em suas informações  que “a imigração italiana foi intensa desde 1878 até o início do século 20. Primeiramente, ficaram nas lavouras de café de São Paulo e, mais tarde, rumaram para o Sul e Sudeste do País, integrando-se às regiões desde a adaptação geográfica até populacional”, afirmou.

Um dos grande motivos da vinda de italianos para o Brasil, segundo Leprevost, foi “a necessidade de fugir das lutas pela unificação da Nação, que exauriu sua economia. “Aqui, entretanto, os italianos conseguiram formar uma econômica forte e ainda contribuir para o desenvolvimento do Estado. Agora, é a nossa vez de retribuir tão relevante colaboração”, concluiu.