Veja o vídeo com as principais imagens do protesto realizado diante do consulado geral da Itália em Buenos Aires.(imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme – Para ver a imagem em tamanho maior, dê dois cliques e escolha a opção de tela cheia)
 Entrevista com o conselheiro Walter Petruzziello.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)
Entrevista com o conselheiro Claudio Pieroni.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)
Entrevista com o conselheiro Franco Perrota, presidente do Intercomites do Brasil.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)
Entrevista com Gianluca Cantoni, presidente do Coomites Parana/Santa Catarina.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)

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Entrevista com Antonio Laspro, Conselheiro do CGIE e do Comites de SP.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)

Pronunciamento do deputado Fabio Porta na abertura dos trabalhos.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)

Pronunciamento do Cice-Secretario Geral do CGIE para a America Latina, Francisco Nardelli, na abertura dos trabalhos.(Imagens e montagem de Desiderio Peron / Revista Insieme)

CURITIBA – PR –

Cantando o hino da Itália e palavras de ordem como “ão-ão-ão, queremos eleição”, os conselheiros do CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero para a América Latina, presidentes de Comites – Comitati degli Italiani all’Estero e Intercomites da área protestaram, dia 19.06, diante do Consulado Geral da Itália em Buenos Aires, contra os cortes orçamentários impostos pelo Governo Italiano no bojo das medidas anti-crise da União Européia, e que atingiram também alguns programas voltados aos italianos que vivem fora da Península. O protesto durou cerca de uma hora e foi comandado pelo vice-secretário geral para a América Latina do CGIE, Francisco Nardelli que, ao final, no comando também de uma pequena delegação integrada, entre outros, pelo deputado Fabio Porta, foi recebido pelo cônsul geral em Buenos Aires, Giancarlo Maria Curcio.
O protesto foi o ponto alto da Conferência de Área da América Latina do CGIE, que organizou manifestações semelhantes em Frankfurt e Vancouver com o mesmo objetivo. O ato, anteriormente previsto para sábado diante da sede da Embaixada e com a participação de representantes das associações italianas da área, dividiu a plenária da assembléia desde o início do encontro, que foi iniciado no dia 17 e concluído no dia 19, com a aprovação de um documento que reclama contra os cortes de recursos principalmente à difusão da língua e cultura italiana no mundo, à assistência social, à imprensa italiana no exterior, aos órgãos de representação como os Comites e à própria rede consular, além de criticar duramente o adiamento das eleições do CGIE e dos próprios Comites. O dinheiro que seria gasto com a realização das eleições – pede o documento de Buenos Aires – deverá ser aplicado na área de assistência Social.
Na solenidade de abertura da Assembléia, realizada nas dependências do Hotel El Conquistador, estavam presentes dois deputados eleitos para o Parlamento italiano na América Latina – Fábio Porta e Ricardo Merlo, além do ex-senador Luigi Pallaro. Representando a comunidade italiana no Brasil, participaram do encontro três dos quatros delegados no CGIE – Antonio Laspro, Claudio Pieroni e Walter Petruzziello e os presidentes de Comites de Porto Alegre, Adriano Bonaspetti; de Curitiba, Gianluca Cantoni; de São Paulo, Rita Blasioli Costa, e do Rio de Janeiro, que é também presidente do Intercomites do Brasil, Franco Perrotta. Embora beneficiados com a lei (originária de um Decreto Lei do Conselho de Ministros) que adiou as eleições do CGIE e dos Comites e prorrogou os mandatos dos atuais conselheiros, os participantes da Assembléia de Buenos Aires, em sua maioria, consideraram o ato um “ataque às comunidades italianas no exterior”. Não houve nenhuma proposta de renúncia dos atuais conselheiros, conforme chegou a ser aventado anteriormente. As eleições para a renovação dos Comites deveriam ter ocorrido no ano passado e o novo prazo definido para sua convocação vai até o final de 2012. Até lá, deve entrar em vigor uma nova legislação regulando os dois órgãos. Atualmente a matéria, que não encontrou ainda consenso no seio do próprio Conselho Geral dos Italianos no Exterior, está em debate no Parlamento italiano. Os conselheiros do CGIE temem pela extinção do órgão, que perdeu importância depois da introdução do direito de voto por correspondência para os italianos no exterior, que atualmente elegem ao Parlamento 12 deputados e seis senadores através do voto direto.
Sobre o protesto realizado em Buenos Aires, o site do próprio CGIE publica a seguinte matéria, de autoria de Mirko Peddis:

Manifestazione di CGIE, Comites e Parlamentari al Consolato di Buenos Aires

Dura protesta, venerdi’ scorso, davanti al Consolato di Buenos Aires. Per la prima volta i tre livelli di rappresentanza degli italiani in America Latina, CGIE, COMITES e parlamentari eletti all’estero, si sono uniti per manifestare contro i tagli imposti dall’ultima finanziaria ai fondi destinati agli italiani all’estero e contro una politica del governo definita, dal vice segretario del CGIE Francisco Nardelli, un vero e proprio “attacco alle collettivita’ italiana all’estero”.

“”Si tratta – ha dichiarato lo stesso Nardelli – del primo atto di una serie di mobilitazioni della comunità italiana”, che investiranno, nei prossimi mesi, tutte le principali sedi del governo italiano presenti in America Latina.
Alla manifestazione era presente anche Fabio Porta, deputato eletto all’estero nell’area America Latina. Al grido di “l’Italia siamo noi” e “basta con i tagli”, i circa cento manifestanti, che rappresentano approssimativamente un milione di elettori e oltre 50 milioni di potenziali cittadini italiani, dall’Argentina al Messico, hanno espresso il loro dissenso verso le politiche del governo italiano bloccando, con un cordone umano, la calle Reconquista, dove ha sede il Consolato italiano. Hanno poi cantato tutti assieme l’inno di Mameli e chiesto e ottenuto un incontro con il console generale d’Italia Giancarlo Maria Curcio.
Tutti concetti che, del resto, erano già stati ampiamente introdotti nel corso dell’apertura della Commissione Continentale del CGIE per l’America Latina, che si è svolta nei giorni scorsi sempre nella capitale argentina.
“Siamo di fronte a una palese mancanza del governo” aveva commentato giovedì Nardelli, aggiungendo che sono stati messi in discussione non solo “un sistema di rappresentanza costruito con anni di sforzi” ma soprattutto “il rapporto stesso tra l’Italia e i suoi cittadini sparsi per il mondo”. Il vice segretario del CGIE ha poi spiegato ai giornalisti italiani presenti alla manifestazione che i tagli della finanziaria hanno “tolto l’assistenza santiaria ad oltre 5000 anziani” italiani di nascita, “privando così di un diritto non solo i discendenti italiani di seconda o terza generazione”, ma anche e soprattutto “quegli italiani di nascita emigrati tanti anni fa in cerca di un futuro migliore”.
Ancora più duro il commento dell’On. Porta, che ha parlato di “distacco, forse definitivo, dalle nuove generazioni di italiani nati all’estero” e aggiunto che “si sta rinunciando ad un immenso bacino di risorse per l’Italia e uccidendo il rapporto con gli italiani all’estero”. Il grido disperato, insomma, di una collettività in lotta per la sopravvivenza.