CURITIBA – PR – Confessando que o Brasil é a sua segunda pátria, o cônsul geral da Itália em Curitiba, Salvatore Di Venezia, está se despedindo e voltando para Roma, onde assumirá funções ligadas aos problemas e interesses dos italianos no mundo, no Ministério das Relações Exteriores. Em seu lugar assumirá Enrico Mora, 59 anos, conselheiro ministerial que já foi cônsul na Suíça e atualmente presta serviços na “Direzione Generale per gli Italiani all’Estero e le Politiche Migratorie”.
Di Venezia, que está em Curitiba desde a segunda metade de 2010, deve retornar nesta quinta-feira (11.07). Até que Enrico Mora assuma, provavelmente em agosto, responderá pelo consulado de Curitiba o atual vice, Rosario Grenci.
Em entrevista ao editor da revista Insieme, Di Venezia fez uma espécie de prestação de contas de sua administração, lembrando que quando chegou tinha em mente contar com a colaboração da comunidade para, entre outras coisas, resolver dois graves problemas: o da sede consular e o enorme contencioso das “filas da cidadania”. Embora a questão de uma nova sede tenha sido frustrada (foi aprovado um projeto de reformulação do espaço físico da atual) e os que entrarem na fila hoje para reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue têm uma expectativa de atendimento apenas dentro de oito a nove anos, Di Venezia faz uma avaliação positiva de sua gestão, apontando o sucesso de inúmeras iniciativas culturais e econômicas. Segundo ele afirma na entrevista contida nos dois vídeos que postamos, o número de cidadãos reconhecidos formalmente pelo Consulado aumentou em 35%, estando hoje próximo dos 68 mil inscritos.
O cônsul Di Venezia agradece a tantos que colaboraram em suas iniciativas e diz que não pode esquecer o entusiasmo, em termos de italianidade, que viu nos olhos de numerosos integrantes das comunidades italianas do Paraná e Santa Catarina.
O novo cônsul que em breve assumirá suas funções em Curitiba é formado em Jurisprudência pela Universidade “La Sapienza” de Roma, com tese em Direito Administrativo. Seu ingresso no Mae deu-se em 1986, já foi cônsul em Rosário, Argentina; em Manchester, no Reino Unido; trabalhou na Embaixada de Ankara, na Turquia e foi cônsul de primeira classe em San Gallo (Suíça) até 2010. Segundo se informa, é tentendido em informática e fala e escreve fluentemente em inglês e espanhol, além do Italiano. Um detalhe: fez parte da Comissão para o reconhecimento da cidadania italiana aos descendentes que pertenciam ao antigo império áustro-húngaro e seus descendentes.

PATROCINANDO SUA LEITURA