CURITIBA – PR – “Se minhas palavras foram interpretadas em sentido contrário, delas peço desculpas e retifico prontamente, exatamente porque a intenção de meu pronunciamento ia na direção oposta: isto é, na valorização de uma missão que gostaria fosse maior e reforçada, além de adequadamente remunerada”.
Assim o deputado Fabio Porta conclui carta endereçada ao jornalista Desiderio Peron, diretor deste Portal e da revista Insieme, em que faz referência à posição do vice-cônsul honorário da Itália em Sorocaba-SP, Stefano Ghisio Erba. Stefano considerou impróprias e ofensivas afirmações de Porta num comunicado em que comentava, entre outras questões de interesse da comunidade ítalo-brasileira, a falta de remuneração adequada ao trabalho dos cônsules honorários.
“Sempre defendi o trabalho dos agentes consulares”, afirma o parlamentar em sua carta e “a minha referência a possíveis casos de corrupção não dizia respeito a nenhum episódio específico, mas era apenas uma dedução lógica que se poderia estender a outros órgãos da administração pública (funcionários da polícia, empregados públicos…) quando baixos salários ou irrisórios reembolso de despesas podem induzir funcionários públicos a comportamentos não compatíveis com sua função”.
O deputado Fábio Porta se diz convencido “sobre a absoluta importância e do inestimável valor do trabalho dos nossos cônsules honorários” que, num território tão grande e com uma presença italiana tão grande como o Brasil “exercem com dedicação e sincero espírito de serviço tal missão”. O parlamentar lembra que no Parlamento tem lutado pelo alargamento da rede consular honorária, assim como pela restituição das “competências e atribuições que lhes foram tiradas”. Confira o texto da carta de Porta, escrita em língua italiana
u ” Roma, 7 agosto 2009
– Al Direttore della Rivista e del Portale Elettronico “Insieme”, dott. Desiderio PERON
Gentile Direttore, con riferimento alla lettera inviata dal Vice Console d’Italia a Sorocaba, dott. Stefano Ghisio Erba, relativa ad una mia recente dichiarazione sulla rete consolare italiana in Brasile e – nello specifico – sulla rete consolare onoraria, vorrei chiarire quanto segue:
– Ho sempre difeso l’operato degli agenti consolari onorari; nel corso delle ultime riunioni del Comitato per gli Italiani all’Estero della Camera dei Deputati ho sostenuto l’allargamento di tale rete e la restituzione ai consoli onorari di competenze e attribuzioni che sono state loro tolte, unitamente al ripristino delle già scarse risorse a loro destinate;
– Il mio riferimento a possibili casi di corruzione non riguardava nessun episodio specifico, ma era soltanto una deduzione logica che potrebbe estendersi ad altri organi dell’amministrazione pubblica (funzionari di polizia, impiegati pubblici…), quando bassi compensi o rimborsi spese irrisori possono indurre funzionari pubblici a comportamenti non consoni al loro mandato;
– Sono quindi convinto dell’assoluta importanza e dell’inestimabile valore dell’operato dei nostri consoli onorari, in primis dei tanti che in un territorio vasto e con una presenza italiana tanto grande come il Brasile esercitano con dedizione e sincero spirito di servizio tale missione;
– Se le mie parole sono state interpretate in senso contrario me ne scuso e rettifico prontamente, proprio perché l’intento del mio intervento andava esattamente nella direzione opposta: nella valorizzazione cioè di una missione che vorrei estesa e rafforzata, oltre che adeguatamente remunerata (almeno per evitare un pregiudizio ai diretti interessati).
Ringraziandola per la consueta attenzione e disponibilità, Le rinnovo i miei sentimenti di stima che estendo all’amico Stefano Ghisio Erba e ai tanti consoli onorari che con questa lettera lui ha voluto rappresentare.
Cordiali saluti,
On. Fabio Porta”.