Detalhe e uma Imagem de Santa Bertilla (Reprodução http://sdvi.org/congregazione/s-bertilla/)

MARIA BERTILLA BOSCARDIN – SANTA HÁ 60 ANOS – NO DIA 11 DE MAIO DE 1961, A VICENTINA ANNA FRANCESCA ERA PROCLAMADA SANTA PELO “PAPA BOM”- A numerosa família Boscardin que tem seu epicentro brasileiro em Curitiba-PR, tem motivo para festejar outra vez o nome de Anna Francesca Boscardin (06/10/1888 – 20/10/1922) no próximo dia 11 de maio. Naquela data, em 1961, pouco mais de dois anos antes de morrer, o papa João XXIII ( o “Papa Bom”, do Concilio Vaticano II) canonizava Santa Maria Bertilla Boscardin, Virgem de Treviso. Natural de uma cidade da província vêneta de Vicenza chamada Brendola, Anna Francesca morreu aos 34 anos de câncer, depois de dedicar sua curta vida à cura de doentes, especialmente crianças, durante a I Guerra Mundial. Tendo entrado aos 16 anos para o convento das irmãs Doroteias (‘Suore Maestre di Santa Dorotea Figlie dei Sacri Cuore”), em Vicenza, trabalhou a maior parte do tempo como cozinheira e enfermeira num hospital de Treviso. O processo de sua canonização começou ainda em 1925, três anos após sua morte e, beatificada em 8 de junho de 1952 pelo papa Pio XII, foi declarada Santa da Igreja Católica dez anos mais tarde.
Santa Bertilla – conforme diz Paulo Cezar Pereira, o conhecido Pereirinha do bairro curitibano de Santa Felicidade, também ele integrante da família Boscardin – “tem muitos familiares no Brasil, espalhados por alguns Estados, mas no Paraná é onde são mais numerosos, especialmente em Curitiba e sua Região Metropolitana.” Segundo ele, a santa está presente em algumas igrejas da capital: “em de Santa Felicidade tem uma grande imagem, que veio da Itália no mesmo ano da santificação; na igreja do Campo Comprido tem um lindo vitral no altar; na década de 1970, a família se reuniu em acões de encontros e eventos para conseguir construir a Igreja de Santa Bertilla no Bairro Alto, com uma creche em anexo”. Pereirinha informa que alguns projetos culturais, incluindo livros, estão em elaboração.
A “humilde camponesa” (na infância, ela trabalhou no campo e inclusive como empregada doméstica), como a ela se referiu Pio XII, escreveu um dia em seu diário: “Quero ser a serva de todos, quero trabalhar, sofrer e deixar toda a satisfação aos outros’’. E ainda: “Devo considerar-me a última de todas, portanto contente em ser passada para trás, indiferente a tudo, tanto às reprovações como aos elogios, melhor, preferir as primeiras; sempre condescendente às opiniões alheias; nunca desculpar-me, também se penso ter razão; nunca falar de mim mesma; os encargos mais baixos sejam sempre os meus, pois é isso que mereço”.
É considerada protetora das vítimas do câncer, enfermeiras e empregadas domésticas.☑

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