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Uma imagem da abertura da plenária do CGIE, na Farnesina, em Roma (Foto Walter Petruzziello)

CURITIBA – PR – Os mandatos dos atuais presidentes e conselheiros dos Comites – Comitati degli Italiani all’estero poderão ser, outra vez, prorrogados, a se considerar o que disse em Roma nesta quinta-feira a ministra das Relações Exteriores do governo italiano, Emma Bonino. Ela “participa dos trabalhos do CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero e diz que não vende sonhos; portanto, não garante as eleições para os Comites em março 2014”, conforme prometido anteriormente pelo governo italiano.

A informação foi fornecida pelo conselheiro Walter Petruzziello, um dos quatro representantes do Brasil no órgão máximo de representação dos italianos no exterior, também no aguardo de mudanças e correndo o risco de extinção depois que foi criada a Circunscrição Eleitoral do Exterior. Um novo adiamento nas eleições dos Comites significaria também a prorrogação dos mandatos dos atuais integrantes do CGIE. Todos eles foram eleitos no primeiro trimestre de 2004 para um mandato de cinco anos, que expirou em 2009. Desde então, as eleições vêm sendo sistematicamente adiadas, primeiro sob a alegação de necessária revisão nas leis e normas que regulam o funcionamento dos dois órgãos de representação dos italianos em todo o mundo; depois, sob a alegação da falta de recursos, em decorrência da crise econômica que afeta a Europa e, particularmente, a Itália.

Na sequência da última prorrogação dos mandatos, houve algum ensaio de demissão coletiva que acabou não prosperando. Muitos conselheiros se declararam sentir-se “deslegitimados” para continuar atuando. No último adiamento, o governo chegou a prometer que, para diminuir os gastos, as próximas eleições poderiam ser realizadas de forma eletrônica.

A reunião da plenária do CGIE, em Roma, teve início na quarta-feira. Segundo relato de Petruzziello entre autoridades que prestigiaram a abertura dos trabalhos estavam os senadores Micheloni, Zin e os deputados Merlo e Borghese. Do Brasil, “Fabio Porta estava presente e usou a palavra; os demais eleitos pelo Brasil ficaram 5 minutos, não usaram a palavra e se ausentaram”.

Ainda segundo Petruzziello, na pauta dos trabalhos estavam: relatório do governo e do CGIE; eleições do Comites e CGIE e modalidade de voto; cidadania “juris soli” e “juris sanguinis”; Stampa italiana all’estero; reforma institucional e representação de italianos no exterior; virtudes e defeitos das ultimas eleições parlamentares”.

Outra imagem enviada por Walter Petruzziello da plenária do CGOE, em Roma.