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CURITIBA – PR – Está tudo certo para a reunião continental
do CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero, em Curitiba, nos dias 10
a 12 próximos. Além da confirmação dos conselheiros de toda a América Latina –
do México ao Chile – pelo menos quatro deputados eleitos na região para o
Parlamento Italiano deverão comparecer, segundo anuncia Walter Petruzziello, o
organizador do encontro. O órgão tem a direção do secretário geral Francisco F.
Nardelli, da Argentina.
O encontro acontecerá nas dependências da Società Giuseppe Garibaldi,
no centro de Curitiba. Na ordem do dia estão assuntos como a situação da
promoção da língua e cultura italiana na área da América Latina, envolvendo
Institutos de Cultura, entidades gestoras e professores; situação da rede
consular nos diversos países da área continental, com a análise de fechamentos e
rebaixamentos; renovação dos órgãos de representação e análise da viabilidade de
uso do voto eletrônico, como está previsto em decreto do governo italiano;
mobilidade e novas imigrações nos diversos países da área continental; assuntos
diversos e eventuais.
Um dos assuntos de fundo desse encontro continental sem dúvida será o recente
confronto formado entre as forças políticas italianas lideradas pelo deputado
Ricardo Merlo, do Maie – Movimento Associativo Italiani all’Estero e as
forças eleitas sob a sigla do Partido Democratico, que tem na secretaria geral o
atual presidente do Conselho de Ministros italiano, Matteo Renzi. Há poucos
dias, Merlo anunciou ter abandonado a posição de apoio a Renzi, levando todo o
Maie para a oposição, sob a alegação de que o Premiê, que em seus discursos no
Senado e na Câmara, não dirigiu sequer uma palavra aos italianos no exterior, é
mais um governo a devotar pouca ou nenhuma importância aos problemas dos
italianos no exterior. Contra a posição do Maie se insurgiram os parlamentares
eleitos no exterior sob a sigla do partido de Renzi, estabelecendo-se, a partir
daí, uma troca de agressões mútuas entre os dois blocos.
Em artigo recente, Gian Luigi Ferreti, um dos expoentes do Maie e coordenador
do partido na Europa, ao afirmar que o alvo a ser criticado deveria estar do
outro lado (“Dall’altra parte! Dall’altra parte!”), sob pena do
cometimento de “gol contra”, isto é, contra os próprios italianos no exterior,
cheios de problemas a serem resolvidos, afirma que “o quadro está claro: o PD
está no governo e o Maie está na oposição. E quem está no governo é
co-responsável pelos seus erros e quem está na oposição exerce a crítica. Nada
de pessoal, é a democracia, “baby”.
