“Continuaremos com nossos ideais, nossas atividades, nosso empenho, independente da inoportuna opinião de ‘nosso’ vice-ministro Danieli”

PATROCINANDO SUA LEITURA

 

u RODEIO-SC – Manifestando “indignação” e lamentando o ocorrido, mas também acreditando que outros membros do governo italiano pensem diversamente, os jovens trentinos reunidos recentemente em Rodeio-SC criticaram declarações do vice-ministro Franco Danieli, em sua última visita ao Brasil. Segundo Danieli, os jovens fazem bem ao não freqüentar as associações, uma vez que elas estariam defasadas no tempo. Além de desestimular a juventude, Danieli demonstrou desconhecer a realidade ítalo-brasileira. Numa bem humorada reação, as principais lideranças trentinas do Brasil posaram para uma foto (capa da edição 104 da revista Insieme) com o polegar para baixo, em sinal de desaprovação e censura.

 

Eis, na íntegra, o texto elaborado pelo “Grupo Jovem Brasil”, intitulado “Italianidade jovem“: O que é sentir-se italiano, o que é ser descendente? É possuir raízes, conhecer sua história, honrar seus antepassados, relembrar momentos e poder ainda hoje, dividir emoções com aqueles que compartilham de um mesmo berço. É sentir-se parte de um grupo, formar laços fortes e aumentar a família com novos amigos, companheiros da mesma jornada. É ter orgulho daqueles que se sacrificaram há tantos anos atrás por uma Itália melhor, que deram seu suor e sangue, que abandonaram seus lares e se lançaram a um mundo novo, na busca de melhores oportunidades para seus filhos.

Iniciamos nosso texto com um sentimento do que é ser descendente de italiano especialmente trentino, para fundamentar aqui nossa tristeza ao ler a reportagem da revista Insieme de nº.102  p.28 e 29 e tomarmos conhecimento que o Vice-Ministro Franco Danieli, que tem como tarefa principal fora da Itália, manter viva a chama da Cultura e da Tradição, manter viva a nossa Itália fora do terreno europeu, pudesse – sem conhecer a realidade – tão cruelmente dizer que “fazemos bem” em não participar de associações.

Buscamos sim associações, e por quê? Porque são pelas associações que podemos manter contato com nossa terra de origem, onde encontramos os que possuem o mesmo objetivo: a de manter viva a nossa tradição, cultura e idioma, mesmo que tão distante geograficamente da velha Bota e ainda assim, buscando melhorar, mudar, crescer, atualizar-se.

Podemos dizer que a projeção da Itália, divulgação da cultura e língua italiana no âmbito mundial deve-se muito ao trabalho voluntário desenvolvido por essas associações, que o fazem não visando lucro, mas por amor às suas raízes.

Uma pequena mostra da força dos jovens em manter vivas estas associações foi o evento realizado em Rodeio/SC no último dia 4 de agosto. Na ocasião estavam reunidos jovens representando grande parte dos Círculos Trentinos do Brasil, que entre outros assuntos buscavam alternativas para dar continuidade aos trabalhos que vem sendo desenvolvidos, cuja preocupação maior é a de encontrar novas maneiras para manter os já inseridos, incentivar e trazer outros jovens que com sua contribuição levarão adiante a vida associativa.

Seja por infelicidade, ou por falta de informação, o vice-ministro Franco Danielli se equivoca quando fala que os jovens não participam, ou não apresentem interesse em participar das associações. Nossa participação vem sim inovando o modo de como eram vistos os Círculos Trentinos, pois os tempos mudam e não podemos ficar estagnados. Vale lembrar que para que uma cultura se mantenha viva, é preciso a participação de pessoas interessadas e motivadas, e que na atual conjuntura da sociedade, se faz necessário adaptações no modo de se preservar nosso legado, e acreditamos que seja isso que estejamos fazendo.

Lamentamos o ocorrido, manifestamos aqui nossa indignação, e informamos que a força jovem brasileira acredita que o apoio por parte de outros membros do governo italiano ainda exista, e acima de tudo continuaremos com nossos ideais, nossas atividades, nosso empenho, independente da inoportuna opinião de “nosso” vice-ministro Danieli, com a certeza de que o reconhecimento pelo nosso esforço será valorizado.

Grupo Jovem – Brasil.”

 


u ‘Continueremo con i nostri ideali, le nostre attività, il nostro impegno, indip  endentemente dall’inopportuna opinione del “nostro” vice-ministro Danieli’

 

Dichiarandosi “indignati” e dispiaciuti per l’accaduto, ma anche certi che in seno al governo italiano non tutti la pensino come Danieli, i giovani trentini hanno criticato le dichiarazioni del vice-ministro, nella sua ultima visita in Brasile. Ecco, integrale, il testo elaborato dal “Gruppo Giovani Brasile”, intitolato “Italianità Giovane”: Che cosa è sentirsi italiano, che cosa è essere discendente? È avere radici, conoscere la propria storia, onorare gli avi, ricordare momenti e potere, ancora oggi, condividere emozioni con quelli che le hanno in comune. È sentirsi parte di un gruppo, avere lacci forti ed aumentare la famiglia con nuovi amici, compagni dello stesso viaggio. È essere orgogliosi di quelli che si sono sacrificati tanti anni fa per un’Italia migliore, che hanno dato sudore e sangue, che abbandonarono le loro case e si lanciarono verso un mondo nuovo, alla ricerca di migliori opportunità per i loro figli.

Abbiamo iniziato il nostro testo spiegando con passione che cosa significa essere discendente di italiano, e specialmente di trentino, per dare fondamento al nostro dispiacere nel leggere l’articolo pubblicato dalla rivista Insieme (n. 102, pagg. 28 e 29). Ci si chiede come il vice-ministro Franco Danieli, il cui compito fuori dall’Italia è quello di mantenere viva la fiamma della Cultura e della Tradizione e mantenere viva la nostra Italia fuori dal territorio europeo, abbia potuto – senza conoscere la realtà – dire così crudelmente che “facciamo bene” a non partecipare alle associazioni.

Noi cerchiamo le associazioni, e perché? Perché è tramite le associazioni che possiamo mantenere il contatto con la nostra terra di origine, dove troviamo coloro che hanno lo stesso obiettivo: mantenere viva la nostra tradizione, la cultura, la lingua, anche se molto lontani dal vecchio stivale e anche così cercando di migliorare, cambiare, crescere ed aggiornarsi.

Possiamo affermare che buona parte della proiezione dell’Italia, la divulgazione della cultura e della lingua italiana nell’ambito mondiale si debba al lavoro volontario portato avanti da tali associazioni, che lo fanno non per lucro ma amore delle loro radici.

Una piccola riprova della forza dei giovani nel mantenere vive queste associazioni è stato l’evento realizzato a Rodeio-SC lo scorso 4 agosto. In quella occasione c’erano riuniti i giovani in rappresentanza della gran parte dei Circoli Trentini del Brasile, che tra le altre cose cercavano alternative per dare continuità ai lavori che stanno sviluppando, la cui preoccupazione più importante è di trovare nuove forme per mantenere i già inseriti ed incentivare a portare nuovi giovani che con il loro contributo possono portare avanti la vita associativa.

Sia per infelicità o per mancanza di informazione, il vice-ministro Franco Danieli si sbaglia quando parla che i giovani non partecipano o non hanno interesse a partecipare alle associazioni. La nostra partecipazione invece rinnova il modo di come erano visti i Circoli Trentini, dato che i tempi cambiano e non si può stare fermi.

Vale la pena ricordare che affinché una cultura si mantenga viva è necessaria la partecipazione di persone interessate e con motivazioni e, nell’attuale congiuntura della società, sono necessari adattamenti nella forma di preservare la nostra eredità, e pensiamo che stiamo facendo ciò.

Ci dispiace quanto accaduto, manifestiamo qui la nostra indignazione ed informiamo che la forza giovane brasiliana crede che l’appoggio di altri membri del governo italiani ci sia ancora e, innanzitutto, continueremo con i nostri ideali, le nostre attività, il nostro impegno indipendentemente dall’inopportuna opinione del “nostro” vice ministro Danieli, certi che i nostri sforzi sono valorizzati. Gruppo Giovani – Brasile”.

 


PER CAPIRE MEGLIO / PARA MELHOR ENTENDER

 

u SOBRE O ASSUNTO, O EDITOR DA REVISTA INSIEME JÁ HAVIA EMITIDO OPINIÃO, PUBLICADA NA EDIÇÃO 102 (JUNHO 2007). O ARTIGO É TRANSCRITO ABAIXO:

 

Um oportuno pedido de desculpas

 

* Desiderio Peron

 

O Vice-Ministro Danieli deveria pedir desculpas às nossas associações. E aos nossos jovens também.

 

Em sua recente visita ao Brasil, o vice-ministro com delegação para os italianos no mundo, Franco Danieli, que é também senador da República Italiana, criticou indireta mas duramente as associações ítalo-brasileiras. A crítica aconteceu em forma de elogio aos jovens, dizendo que estes “fazem bem” quando não freqüentam as associações porque ali os “nonnos”, avessos a roqueiros e metaleiros, só ouvem músicas tipo dos anos 60 (entre outros, ele citou nominalmente Albano, Raffaella Carrà e Gianni Morandi, ressalvando que este último já é mais moderno), que pertencem a um passado que pouco tem a ver com a Itália atual. Somente em Curitiba, Danieli tocou no assunto duas vezes: na reunião que teve a portas fechadas com integrantes do Comites, no consulado, e na recepção da Sociedade Garibaldi, em presença de muita gente, entre eles o governador em exercício do Paraná, Orlando Pessuti, o cônsul geral Riccardo Battisti e diversos presidentes e representantes de associações.

O ministro foi para casa e deixou a encrenca aqui, onde vivem nossos jovens e onde funcionam as associações que ele considera ultrapassadas. Por mais que o ministro estivesse bem intencionado, impõe-se algum reparo em sua fala.

Primeiro porque um eventual gosto por metaleiros e roqueiros (pode não ser o nosso, mas, vá lá, nós o respeitamos) é apenas um gosto. Por aqui ainda há velhos e jovens que adoram canções como ‘Volare’, de Domenico Modugno, ‘Canzone per Te’, de Sergio Endrigo, ‘Felicità’, ‘Roberta’, ‘Dio come Ti Amo’, ‘O Sole Mio’ e também – como não? – ‘Quel Mazzolin di Fiori’ e outras do gênero. E, para usar as mesmas palavras de sua excelência, o “fazem bem”. Afinal, não é por serem antigos que as pinturas ou estátuas de gênios como Tintoretto, Tiziano, Michelangelo ou Canova – só para citar alguns – perdem o status de obras-primas.

Segundo: alguém deveria ter informado melhor sua excelência o vice-ministro sobre o que significam as perto de 500 associações italianas ou ítalo-brasileiras em funcionamento no Brasil. É verdade que algumas são, como digo, “eussociações”, mas no geral foram elas que deram continuam dando vida a esta italianidade em que se apóiam muitos políticos italianos e também aqueles do mundo “business” em sua tarefa de vender o ‘made in italy’ que incluiu, aqui sob os trópicos, até macarrão e vinho ‘novello’ vencidos. Sem nunca pedir (e pedindo, sem receber) nada à Península, elas divulgaram e continuam a divulgar a Itália de sempre que, agora, infelizmente, na mão de alguns políticos desinformados ou apenas jogando com interesses europeus, quer restringir o direito ao reconhecimento da cidadania italiana ‘ius sanguinis’ na terceira geração (e já estamos na quinta!) a milhões de sul-americanos terceiromundistas…

Terceiro – e aí é que vem o equívoco maior do senhor vice-ministro –: não são os velhos, mas, sim, em sua maioria, os jovens que freqüentam nossas associações. Pena que ele não teve oportunidade de conferir. A realidade é que nos milhares de grupos de canto, daça, teatro e folclóricos, que promovem a tarantela à exaustão, não existem velhos. Só jovens, e alguns muito jovens, formando legiões inteiras de alas infantis e juvenis naqueles grupos maiores, já incapazes de realizar ensaio em turma única. São, também, os jovens que nas “festas típicas” de todos os anos (às vezes por mais vezes ao ano) dão seu trabalho em favor da comunidade, ajudam na organização, na cozinha, fazem a recepção e, depois, no fim da festa, limpam, no anonimato completo, o salão… e de quebra, levam pessoalmente os donativos arrecadados às instituições assistenciais. Que bom se pelo menos uma só vez sua excelência pudesse comparecer, por exemplo, à Festa da Polenta de Venda Nova do Imigrante, no interior do Espírito Santo, por onde passam todos os anos, durante os três dias de festa, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, quase trinta mil pessoas. Ou fosse de improviso a qualquer festa italiana conjugada com uma “Settimana di Cultura Italiana” promovida por nossas associações sem ajuda italiana em qualquer lugar de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, por onde poucas autoridades romanas até aqui se encorajam andar ou, ainda e da mesma forma, no interior de São Paulo ou do Paraná…

Talvez isso desse ao senhor vice-ministro a oportunidade de verificar ‘in loco’ que são também milhares de italianinhos que acabam, assim motivados dentro das associações, matriculados numa escola para aprender a língua de Dante, a mesma com a qual foi exercitada uma injusta crítica, num infeliz improviso feito há 12 mil quilômetros de distância da velha Bota que uma vez atirou milhões de toneladas humanas ao mar.

Poderíamos – e deveríamos – dizer muito mais. Mas possivelmente outros também o dirão. Por isso, sem pretender esgotar o assunto, paramos por aqui. Não sem antes considerar que – como oportunamente sugeriu o vice-ministro – mudar é preciso, atualizar-se também, caminhar em direção das universidades, estágios, cursos de formação. Mas isso a maior parte das associações procuram, às vezes sem resultado, fazer, desde que as conheço nesta longa caminhada com a revista Insieme, que já vai para 13 anos. E por conhecer bastante esse universo, é que acho que ficaria muito melhor para o nosso vice-ministro Danieli se ele, reconsiderando o que disse, aconselhasse os jovens a fazer ainda mais pelo associativismo – agora, se possível, com a ajuda oficial -, em vez de aplaudir ou mesmo incentivar eventual ausência. A menos que… a menos que Danieli esteja de fato incomodado com tantos milhares nas “filas da cidadania” esperando um mero reconhecimento (muito mais que uma oportunidade) pelo que já fizeram por esta grande Itália no mundo, em muitos sentidos bem maior que a Itália da Bota. A menos que Danieli pretenda, de fato, matar a italianidade que se alimenta das poucas coisas italianas que a Itália, nos velhos e atuais tempos, nos legou.

A menos que a missão do vice-ministro para os italianos no mundo seja exatamente diminuir o tamanho de sua própria missão – o que nos recusamos a acreditar -, cabia bem aqui um formal e solene pedido de desculpas.

 

* Desiderio Peron é jornalista profissional, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (1979-1991) e é o editor da Revista Insieme.

 


u Un’opportuna richiesta di scuse

 

* di Desiderio Peron

 

IL VICE-MINISTRO DANIELI DOVREBBE CHIEDERE SCUSA ALLE NOSTRE ASSOCIAZIONI. ED ANCHE AI NOSTRI GIOVANI

 

Nella sua recente visita in Brasile, il vice-ministro con delega per gli italiani nel mondo, Franco Danieli, che è anche senatore della Repubblica Italiana, ha criticato indirettamente, ma con severità le associazioni italo-brasiliane. Elogiando i giovani, ha detto che “fanno bene” a non frequentare le associazioni perché in esse, i “nonni”, contrari a rockettari e metallari, ascoltano solo musica degli anni ’60 (citando tra gli altri Albano, Raffaella Carrà e Gianni Morandi, aggiungendo che quest’ultimo già è un po’ più moderno) e che quindi appartengono ad un passato che non ha nulla a che vedere con l’Italia attuale. Solo che a Curitiba, Danieli ha toccato questo argomento due volte: in una riunione a porte chiuse con i membri del Comites, presso il Consolato, e nel ricevimento presso la Società Garibaldi, alla presenza di molte persone tra le quali il governatore in esercizio del Paraná Orlando Pessuti, il Console Generale Riccardo Battisti e vari presidenti e rappresentanti di associazioni.

Il ministro se ne è andato a casa lasciando la lite qui da noi, dove vivono i nostri giovani e dove funzionano le associazioni che lui considera ultrapassate. Pur immaginando le buone intenzioni del ministro, si imporrebbe una correzione delle sue parole.

Primo perché l’eventuale gusto di metallari e rockettari (anche se magari non nostro, pur sempre lo rispettiamo) è solo un gusto. Qui ci sono ancora, giovani e vecchi, a cui piacciono canzoni come ‘Volare’, di Domenico Modugno, ‘Canzone per Te’, di Sergio Endrigo, ‘Felicità’, ‘Roberta’, ‘Dio come Ti Amo’, ‘O Sole Mio’ e anche – caspita! – ‘Quel Mazzolin di Fiori’ ed altre del genere. E, per usare la parole di Sua Eccellenza, “fanno bene!”. Infatti non è perché sono antichi che quadri o statue di geni come Tintoretto, Tiziano, Michelangelo o Canova – solo per citarne alcuni – perdono lo status di capolavori.

Secondo, qualcuno avrebbe dovuto informare meglio Sua Eccellenza il vice-ministro che cosa significano le quasi 500 associazioni italiane o italo-brasiliane che funzionano in Brasile. È vero che alcune non hanno molto di associativo ma, in generale, sono quelle che danno e hanno dato vita a questa italianità sulla quale fanno forza molti politici italiani ed anche quelli del mondo del “business”, nel loro lavoro di vendita del “made in Italy” che ha incluso, qui al di sotto dei tropici, persino pasta e vino “novello” scaduti. Senza mai aver nulla da chiedere alla Penisola (e, se chiesto, senza ricevere), esse hanno divulgato e continuano a divulgare l’Italia di sempre che, oggigiorno, sfortunatamente nelle mani di alcuni politici disinformati o solo seguendo gli interessi europei, vogliono restringere il diritto al riconoscimento della cittadinanza italiana “ius sanguinis” alla terza generazione (e già siamo nella quinta!) a milioni di sudamericani terzomondisti…

Terzo – e qui arriva l’equivoco più grande del signor vice ministro – non sono i vecchi ma, certo, nella loro maggioranza, i giovani che frequentano le nostre associazioni. Peccato che non abbia potuto verificarlo. La realtà è che nelle migliaia di cori, gruppi di danza, teatro, folclore che promuovono la tarantella fino all’esaurimento, non ci sono vecchi. Solo giovani, ed alcuni molto giovani, che formano armate intere di gruppi giovanili ed infantili di molti gruppi di adulti, al punto che non hanno più la possibilità di effettuare le prove in un gruppo solo. Sono, anche, quei giovani che nelle “feste tipiche” di tutti gli anni (a volte per più volte al giorno) si fanno in quattro per la comunità, aiutano nell’organizzazione, in cucina, ricevono e poi, alla fine della festa, puliscono il salone all’insaputa di tutti…e portano anche il ricavato alle istituzioni assistenziali a cui era destinato. Sarebbe bello se solo una volta Vostra Eccellenza potesse venire, ad esempio, alla Festa della Polenta di Venda Nova do Imigrante, nell’entroterra di Espírito Santo dove, nei tre giorni della festa, tutti gli anni, passano quasi 30.000 persone presso il Centro di Eventi Padre Cleto Caliman. O andasse, all’improvviso, in una qualsiasi delle feste unite alle varie “Settimana di Cultura Italiana” promosse dalle nostre associazioni, senza aiuti italiani, in un qualsiasi luogo di Santa Catarina o Rio Grande do Sul, dove poche autorità “romane” hanno il coraggio di andare, come anche nell’interno degli Stati di San Paolo o Paraná…

Forse questo darebbe la possibilità al Sig. vice ministro di verificare “in loco” che sono anche migliaia gli “italianini” che, motivati dentro le associazioni, finiscono per iscriversi in una scuola per imparare la lingua di Dante, la stessa con la quale è stata esercitata un’ingiusta critica con un’infelice sparata a 12.000 chilometri di distanza dal vecchio Stivale che molto tempo fa ha buttato milioni di tonnellate umane a mare.

Potremmo, e dovremmo, dire molto di più. Ma forse anche altri lo diranno. Quindi, ma non così volendo chiudere l’argomento, ci fermiamo qui. Ma non senza considerare che – come ha opportunamente suggerito il vice ministro – cambiare è necessario, aggiornarsi anche, andare verso le università, gli stage o i corsi di formazione pure però, nei 13 anni che la rivista Insieme segue e accompagna le associazioni, tutto ciò già lo fanno, e spesso senza risultati, a volte a causa dell’assenza di aiuti da Roma.

È giustamente per la buona conoscenza che la rivista Insieme ha del mondo-associazioni che crediamo sarebbe molto meglio se il nostro vice ministro Danieli, riconsiderando ciò che ha detto, consigliasse ai giovani di fare ancora di più per l’associazionismo – e se possibile, ora, anche con aiuti ufficiali -, invece di applaudire o addirittura incentivare eventuali rinunce. A meno che…a meno che a Danieli non vadano veramente giù tutte le migliaia di persone nelle “file della cittadinanza” che sperano in un semplice riconoscimento (più che un’opportunità) per ciò che già hanno fatto per questa Italia nel mondo, per molti sensi molto più grande della stessa dello Stivale. O che forse Danieli voglia, di fatto, far fuori l’italianità che vive forte, anche se solo grazie alle poche cose italiane che l’Italia, nei vecchi ed attuali tempi, ci ha dato.

Insomma, se l’intento non era di sminuire la portata della sua missione – ma ci rifiutiamo di credere ciò – qui ci starebbero bene delle sacrosante scuse.

 

* Desiderio Peron è giornalista professionale, è stato presidente del Sindacato dei Giornalisti Professionisti del Paraná (1979-1991) ed è l’editore della Rivista Insieme