Com larga maioria de mulheres, o Comites – Comitato degli Italiani all’Estero de São Paulo será presidido por Renato Sartori (35 anos) e secretariado por Bruno Romi (27 anos), segundo deliberou a primeira assembléia dos eleitos, realizada segunda-feira última (04.05) na sede do Consulado Geral da Itália em São Paulo, com a presença do cônsul geral Michele Pala e da vice-cônsul Francesca Maria Orsini.
A passagem do comando do Comites foi feita pela até então presidente Rita Blasioli Costa, que agora – segundo se informa – pleiteará uma das três vagas brasileiras junto ao CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero.
O Comites de São Paulo, que tem jurisdição sobre os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre, será ainda dirigido pela vice-presidente coadjuvante Daniela Dardi e pela vice-presidente Fabiola Natali, além do tesoureiro Eleonora Salvato. Por possuir mais de cem mil italianos registrados no consulado em sua jurisdição, é o único Comites com mais de 12 conselheiros: tem 18, mais os oito “cooptados” (ítalo-descendentes sem a cidadania italiana reconhecida) que serão ainda escolhidos.
Participaram do encontro, além dos integrantes da executiva já citados, os conselheiros eleitos Maria Carolina Casati, Francesca Casano, Luciana Laspro, Camila Massarelli, Henrique Narducci, Sebastião Zoli Jr., Eleonora Salvato, Rosa Marra Pacifico, Antonio Laspro, Angela Maria Curiati, Antonella Bassani e Rosalie Gallo.
A eleição em São Paulo foi marcada por uma forte disputa, realizada especialmente através das redes sociais, entre os candidatos vinculados a partidos de esquerda e os que se alinhavam à direita, com acusações de lado a lado.
Segundo observa o conselheiro Sebastião Zoli Jr., na lista CTIM, capitaneada por Antônio Laspro, figuravam como candidatos 17 homens e quatro mulheres, tendo sido eleitos dois homens e três mulheres. Na lista DIM, eram candidatos 13 homens e nove mulheres, tendo sido eleitos cinco homens e oito mulheres. “No total de eleitos – observa Zoli – foram eleitos 11 mulheres e sete homens sendo seis italianos natos e 12 ítalo-brasileiros”.
Os “cooptados” serão eleitos dentre candidatos indicados por associações cadastradas no Consulado e, segundo Zoli, em toda a jurisdição de SP existem apenas 31 entidades – de um total de mais de 130 – nessas condições. É que uma exigência recente admite a inscrição (prazo terminou nessa quinta-feira) de associações que em seus quadros sociais possuam pelo menos 35 italianos natos ou com cidadania italiana reconhecida. Esse quesito fulminou a participação de grandes e ativas associações em São Paulo e em todo o Brasil.
Além de terem o privilégio de indicarem candidatos “cooptados”, essas associações poderão participar, brevemente, ao lado dos novos integrantes dos sete Comites de todo o Brasil, do processo de eleição indireta dos conselheiros no CGIE.
RECIFE – Também o Comites do Recife elegeu sua diretoria e deu posse aos novos conselheiros na segunda-feira que passou. A assembléia aconteceu na sede do Consulado, com a presença do cônsul Angeli Biccirè. Como presidente foi eleito Daniel Taddone, que terá como vice Claudio Vullo e como secretário Marco Boccadoro.
Resumindo, o presidente Taddone informa que na reunião “falamos da possível incompatibilidade de um dos membros, que foi esclarecida e descartada. Falamos também da dificuldade de executar reuniões presenciais com todos os membros que se dividem em seis de Recife e seis de Fortaleza, pretendendo verificar a legalidade de reuniões feitas simultaneamente nessas duas cidades e conectadas telematicamente, como se resolveria a questão da presença etc. Essa seria a única maneira de fazer reuniões sem afetar todo o orçamento do Comites, visto que pagar bilhetes aéreos e hospedagem para seis membros a cada reunião seria inviável. Ficou-se então de interpelar as instâncias superiores para verificar a possibilidade”.
Os conselheiros de Recife também deixaram para uma próxima reunião a discussão sobre a escolha de “cooptados”. Ainda segundo Taddone, o secretário Marco Boccadoro, de Fortaleza, demonstrou interesse em encampar projetos sociais e culturais e indagou sobre a autonomia legal e financeira do Comites nessas iniciativas.