u CURITIBA – PR – O subsecretário com delegação para os italianos no mundo, Alfredo Mantica está “entristecido” porque nenhum representante da comunidade italiana no Brasil até agora tomou posição “em defesa de nossa (italiana) democracia”. Para Mantica, o governo Lula, ao negar a extradição do ex-guerrilheiro Cesar Battisti, dando-lhe o status de refugiado político, “colocou em dúvida a democracia e o sistema jurídico italianos”. A Itália inteira – disse Mantica, conforme divulgaram diversas as agências, entre elas a Inform – “está indignada pela decisão brasileira de não extraditar o assassino Cesare Battisti. E isto se verifica em todos os níveis: o Estado, através das palavras do presidente Napolitano, o Parlamento, com a carta do presidente Fini, os cidadão,s com milhares de mensagens e ações de protesto”.
Alfredo Mantica é do partido do presidente Berlusconi e esteve recentemente no Brasil, em visita a autoridades brasileiras e, principalmente, às lideranças da comunidade italiana. Ele representa a voz do Ministério das Relações Exteriores italiano com relação às comunidades de italianos e ítalo-descendentes espalhadas pelo mundo.
Segundo ele, “do governo brasileiro, francamente, não podemos aceitar lições. Não enquanto no Brasil um assassino estará livre para desfilar no carnaval do Rio enquanto na Itália milhares de pessoas desfilarão para lembrar os infames delitos dele (Battisti)”.
Mantica explica que as iniciativas diplomáticas e políticas tomadas nos últimos dias procuram bloquear o processo de soltura de Battisti. “Se também da comunidade italiana no Brasil existisse um apoio concreto, provavelmente poderíamos dizer, em caso de exitosa a extradição, que fomos todos determinantes”, observa o subsecretário. “Somente participando neste sentido poderemos nos considerar uma verdadeira comunidade nacional e não um simples amontoado burocrático de certificados e documentos”. Mantica diz que exatamente devido a isto é ainda mais desagradável o absurdo silêncio da comunidade ítalo-brasileira”
u ROMA – “L’Italia intera è indignata dalla decisione brasiliana di non estradare l’assassino Cesare Battisti. E questo si è verificato ad ogni livello: lo Stato attraverso le parole del Presidente Napolitano, il Parlamento con la lettera del Presidente Fini, i cittadini con migliaia di messaggi ed azioni di protesta. Mi addolora constatare però – dichiara il senatore Alfredo Mantica (Pdl) – che nessun rappresentante della comunità italiana in Brasile si sia reso protagonista di una presa di posizione a difesa della nostra democrazia. Perché se qualcosa è stato messo in dubbio dalla decisione del governo Lula, questa è proprio la democrazia ed il sistema giuridico italiano. Ma dal governo brasiliano, francamente, non possiamo accettare lezioni. Non mentre in Brasile un assassino sarà libero di sfilare al carnevale di Rio ed in Italia migliaia di persone sfileranno per ricordarne gli infami delitti”.
Le iniziative politiche e diplomatiche intraprese in questi ultimi giorni stanno cercando di arrestare il processo di scarcerazione. Se anche dalla comunità italiana in Brasile ci fosse un sostegno concreto, probabilmente in caso di buon esito dell’estradizione potremo dire che siamo stati tutti determinanti – osserva il sottosegretario agli Esteri -. Solo partecipando in questo senso potremmo dirci una vera comunità nazionale e non un semplice insieme burocratico di certificati e documenti. Proprio per questo l’assordante silenzio della comunità italo-brasiliana è ancora più spiacevole”. (Inform)