u SÃO PAULO – SP – stá agendada para o mês de novembro próximo, em São Paulo, a realização da Nanotec 2008 – 4ª Feira e Congresso Internacional de Nanotecnologia, maior evento de nanobusiness (B2B) da América Latina, que congrega as comunidades científicas e industriais.

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Segundo os organizadores, estima-se para esta edição um público de 5 a 7 mil visitantes entre representantes da indústria brasileira e da América Latina, dentre os quais 500 a 700 participantes apenas do Congresso. As três edições anteriores foram prestigiadas por mais de 10 mil pessoas entre empresários, pesquisadores, representantes  acadêmicos, governamentais, de entidades de classe  e da mídia nacional.

 

Em 2008, a Nanotec será realizada no Centro de Eventos Imigrantes e terá foco em três importantes pilares: econômico, estratégico e tecnológico. Serão apresentadas as oportunidades que a nanotecnologia pode oferecer aos empresários brasileiros; quais as estratégias que poderão ser adotadas para se tornar mais competitivo no mercado nacional e internacional; e o que está disponível em termos de revolução tecnológica em nano no Brasil e no mundo.

 

Considerada a maior vitrine de nano do Brasil, a Nanotec tem pelo quarto ano consecutivo a co-promoção de  importantes entidades setoriais do Brasil: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos  (Abimaq); Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee); Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim); Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast); Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit); e Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

 

Simultaneamente à feira, na qual estarão em exposição matérias-primas, nanoestruturas e  nanocompósitos prontos para aplicação no setor industrial, será realizado o 4º  Congresso Internacional de Nanotecnologia, uma iniciativa que se consolida, a cada ano, como o principal evento irradiador de nanoconhecimento e de nanobusiness do continente latino-americano.

 

Universidade X  Indústria

 

A nanotecnologia possibilita amplos avanços em vários setores. A integração entre o setor industrial e os centros de pesquisas visa estimular o setor privado a dar suporte a pesquisas pouco divulgadas e que trazem inovações tecnológicas e revolucionárias que poderão ser inteiramente aproveitadas no ambiente dos negócios.

 

No setor têxtil a tecnologia já é aplicada, com sucesso, nos mais variados produtos, como lençóis, uniformes hospitalares, aventais, luvas, meias, roupas íntimas e roupas esportivas de alta performance.

 

No setor de máquinas e equipamentos, empresas no Brasil já vêm desenvolvendo produtos com cobertura de nanopartículas, que aumentam a qualidade e a durabilidade das ferramentas, e estão produzindo também equipamentos para modelar materiais fabricados com o uso da nanotecnologia.

 

Com os avanços nas pesquisas de nanocompósitos de polímeros, que são os principais componentes dos plásticos, surgiu uma embalagem que aumenta a duração de alimentos e bebidas. Ela foi desenvolvida pelo professor Fernando Galembeck, da Unicamp, num projeto em parceria com a Rhodia-Ster. Vale destacar ainda a produção de plásticos biodegradáveis para embalagens e de filmes comestíveis para alimentos, síntese de plásticos de fontes renováveis de origem animal e vegetal. E também as nanofibras de celulose extraída de diferentes variedades de plantas e frutas – como, por exemplo, o açaí –, com resistência próxima à do aço, para aplicações industriais, desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio da Embrapa, em São Carlos.

 

Outro produto digno de nota é o chip USI 1206, a mais recente revolução na área indústria eletrônica. Ele tem ação rápida para aplicação em aparelhos eletrônicos portáteis como celulares, câmeras digitais e mp3 e permite a diminuição do tamanho desses produtos e maior velocidade de funcionamento.

 

No setor petroquímico um importante case brasileiro é a empresa Quattor Petroquímica (ex-Suzano Petroquímica), que lançou um polipropileno nanoestruturado com prata, o que garante uma característica antimicrobiana.

 

 

Nanotec em números

 

Atualmente, nos principais mercados internacionais, mais de 500 produtos de consumo já incorporam algum tipo de benefício nano, utilizando nanopartículas, nanotubos, nanoesferas, matérias-primas nanoestruturadas ou algum outro nanocompósito. Em 2007, o mercado de produtos “nano” movimentou mais de US$ 88 bilhões somente nos EUA. As projeções para 2014 indicam que o mercado mundial dos produtos com algum tipo de nanotecnologia incorporado atingirá US$ 2,6 trilhões, cerca de 15% do mercado global.

 

Segundo dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), calcula-se que no Brasil houve investimento de apenas R$ 150 milhões nos últimos quatro anos, em nanotecnologia através de ações do Programa Nacional de Nanotecnologia (PNN), fundos setoriais, subvenção econômica (aplicação de recursos públicos não-reembolsáveis em empresas) e editais.

 

Outro preocupante dado que inviabiliza o poder de competitividade dos produtos brasileiros, é que País investe 1% do PIB em P&D. Estando, porém, muito aquém da média dos investimentos nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que é de 2,24%.

 

 

A Nanotec 2008 é realizada e promovida pela Promove Feiras e Eventos. Conta ainda com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do Sindicato da Indústria Têxtil do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e da Associação Brasileira de Técnicos Têxteis (ABTT). 

 

O Congresso tem o patrocínio da Quattor Petroquímica.