Petruzziello rebate alegadas motivações econômicas para o fechamento do Consulado da Itália em Recife

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Aspecto da plenária da Assembléia do CGIE. (Foto de Walter Petruzziello via iPhone)

CURITIBA – PR – “Nem mesmo economicamente vale a pena fechar Recife”, disse hoje na plenária de encerramento da Assembléia Geral do CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero, na sede do Mae – Ministero degli Affari Esteri, em Roma, o conselheiro do Brasil, Walter Petruzziello.

Clique para ouvir a intervénção do conselheiro Walter Petruzziello ao rebater as razões apontadas pelo governo italiano para o fechamento do Consulado da Itália em Recife

Depois de ouvir a exposição de Elizabetta Belloni, diretora geral para recursos e inovações do Mae, que procurou justificar a posição do governo no que concerne ao fechamento de diversas sedes consulares na América do Sul e em todo o mundo, Petruzziello disse que ouvindo a exposição da representante do governo, as motivações pelo fechamento são de ordem econômica; se são econômicas – disse Pettuziello – “me surpreende nesta lista o Consulado do Recife”, pequeno, com apenas sete funcionários, mas que atende a um território cinco vezes maior que o território italiano; onde a Fiat acabe de decidir pela instalação de sua fábrica para a produção de 450 mil carros por ano, o que significa que com a Fiat deverão ali chegar outras empresas e muitos italianos.

O deputado Fabio Porta, em comunicado, também critica a anunciada disposição de fechar o consulado italiano em Recife, classificando-a como um ato “insensato e quase masoquista”.

Não importa – destacou o conselheiro Petruzziello – que no momento existam ali 15.500 inscritos “que poderiam ser poucos” para um consulado, mas para aquela região afluem anualmente cerca de 50 mil turistas italianos por ano; no Recife estão dois terços dos italianos presos no Brasil, fato que não pode ser desprezado.”Eu teria – concluiu Petruzziello – três páginas de argumentos técnicos, que deixo à disposição; digo apenas uma coisa: o consulado americano tem 101 funcionários naquela região onde trabalham apenas sete mil americanos. Não se trata apenas de defender a circunscrição que represento; trata-se de dizer que nem mesmo economicamente vale a pena fechar Recife”.