CAPA DA REVISTA INSIEME, EDIÇÃO DE JANEIRO DE 2007

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Com esta capa, a revista INSIEME (edição de janeiro de 2007) homenageou a comunidade vêneta de Santa Catarina.

 

u FLORIANOPOLIS – SC – Os 130 anos da imigração vêneta no Estado de Santa Catarina serão comemorados nesta sexta-feira (15.06.2007) durante sessão solene na Assembléia Legislativa, em Florianópolis. Além de autoridades locais e de representantes da comunidade ítalo-catarinense, o ato contará com a presença do presidente do Legislativo vêneto, Marino Finozzi. Ele acompanhará a comitiva que, nos dias seguintes, irá ao Sul do Estado para uma série de atos comemorativos à chegada dos imigrantes vênetos no estado catarinense. As celebrações têm a coordenação do Comvesc – Comitê das associações e entidades venetas que atuam em SC, estado cuja população é composta em mais de 50% por descendentes de imigrantes italianos, maior parte vênetos.

Segundo conta o jornalista Raul Sartori na edição de junho da revista Insieme, foi Joaquim Vieira Ferreira, em 1877, engenheiro, nascido no Maranhão, quem fundou a primeira colônia italiana no sul de Santa Catarina. Funcionário do Império, foi nomeado para chefiar a comissão encarregada da medição das terras devolutas (terras públicas, ainda não ocupadas nem dadas pelo governo) na região, quando o presidente da província era Alfredo de Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay.

A família do engenheiro ficou em Laguna, enquanto ele percorria as terras banhadas pelo rio Tubarão e seus afluentes, em busca do lugar onde estabelecer a colônia. Pesquisou e escolheu Azambuja, povoado situado no atual município de Pedras Grandes. No ano seguinte, vários imigrantes foram assentados em Urussanga. Em 1880, 22 famílias italianas fundaram Criciúma e posteriormente Nova Veneza.

A partir de então, númerosos municípios surgiram, com a primeira e segunda geração de ítalo-brasileiros, descendentes dos imigrantes. Içara, Turvo,  Meleiro, Siderópolis, Treviso, Jacinto Machado, Maracajá, Orleans, Lauro Muller, Sangão e Morro Grande, dentre outros.

Posteriormente muitas famílias saíram do sul catarinense para a conquista do oeste do Estado e oeste do Paraná.

Plantando alimentos, construindo indústrias, escolas, hospitais, cidades inteiras, os imigrantes se destacaram na paisagem. Introduziram o hábito da salada na comida diária, trouxeram as massas tão apreciadas, seus santos e suas rezas.

Em 1892 Floriano Peixoto cortou  o fluxo migratório para o sul do Brasil por causa da Revolução Federalista. Passaram-se 130 anos.