A Câmara dos Deputados aprovou, hoje (09/02), com 310 votos a favor, 107 contra, e 5 abstenções, a proposta de mudança constitucional que altera o número de parlamentares nas duas casas do legislativo italiano, incluindo número de cadeiras reservadas para a representação dos italianos no exterior. O assunto agora deve voltar ao Senado, onde será apreciado não antes do transcurso de três meses.
Pelo projeto, que já havia sido apreciado pelo Senado no início do ano, o número de deputados italianos cairá de 630 para 440, e o de senadores de 315 a 200. Das 18 cadeiras de que dispõem atualmente os italianos no exterior, restarão 12 (oito deputados, em fez dos 12 atuais, e quatro senadores no lugar dos seis atuais).
Ao contrário do que observavam há alguns dias os dirigentes do Partido Democratico no Brasil – Andrea Lanzi, presidente, e Fabio Porta, secretário – o ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’ – Maie votou contra a medida, segundo comunicou também hoje a direção do partido. Segundo divulgou a agência Aise, votaram contra também os integrantes do PD, Leu e parte do grupo denominado “Misto”.
No comunicado do Maie, o deputado ítalo-argentino Mario Borghese (vice-presidente) assegura que seu partido não apenas votou contra a redução do número de parlamentares, mas “tem votado contra todas as emendas contrárias aos interesses dos italianos no exterior”. “Continuaremos a ser coerentes até o fim: nós não aprovaremos jamais medidas que penalizem nossos concidadãos fora da Itália”, afirma ainda Borghese.
E acrescenta: “Vamos nos bater, além disso, para que na reforma do voto para o exterior seja inserida a obrigatoriedade da inscrição no Aire há pelo menos cinco anos para quem quiser se candidatar. Dessa forma, procuraremos corrigir outro desvio desejado pelo PD com a assim chamada ‘emenda Fiano’, que deformou a alma da lei que regulamenta o voto dos italianos no mundo”.