“Este grande homem desempenhou, entre outras, a função de Agente Consular Honorário, com empenho incessante, honrando a função com excelência”. Foi “um exemplo precioso para toda a Rede Consular Honorária, para as nossas Associações, para os Comites e para a Itália”. A manifestação é da cônsul geral da Itália em Curitiba, Eugênia Tiziana Berti, ao se juntar às inúmeras homenagens que recebeu e continua a receber o empresário Moacir Luiz Bogo, de Joinville-SC, morto na tarde da última quarta-feira (17/01), depois de um longo período de internamento hospitalar.

“A morte dos grandes homens não põe fim à memória das suas ações e pensamentos e, pelo contrário, marca o início da continuidade para as novas gerações. Que a luz dos nossos ilustres antepassados ilumine o caminho dos jovens para que neles se perpetue sempre a semente da cultura e dos ensinamentos recebidos”, escreve a cônsul ao citar versos do poeta italiano Hugo Foscolo.

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Bogo foi velado durante todo o dia de ontem nas dependências do Crematório Catarinense, às margens da BR-101, em Joinville (ver vídeo aqui), reunindo políticos, empresários, populares e grande número de ítalo-descendentes ligados ao Círculo Italiano de Joinville por ele fundado, construído e presidido diversas vezes. Um grupo de crianças interpretou uma canção que tinha por refrão: “vamos amar no presente /vamos cuidar mais da gente / vamos pensar diferente / porque / da vida se leva o amor”.

Bobo iria completar 77 anos em meados do mês que vem. exerceu a representação consular honorria em Joinville e região até ser dispensado em função da idade, aos 70 anos.

A nota assinada pela cônsul Berti começa com os versos do poeta italiano: “Dos Sepulcros / Para Ippolito Piademonte / À sombra dos ciprestes e dentro das urnas consoladas pelo choro / talvez seja o sono / da morte menos duro?””

A “Homenagem a Moacir Luiz Bogo”, difundida em italiano e português, segue assim, na íntegra: “Estes versos do poeta italiano Ugo Foscolo encarnam a inevitabilidade da morte e o consequente desespero daqueles que permanecem vivos.

Mas a morte dos grandes homens não põe fim à memória das suas ações e pensamentos e, pelo contrário, marca o início da continuidade para as novas gerações.

Que a luz dos nossos ilustres antepassados ilumine o caminho dos jovens para que neles se perpetue sempre a semente da cultura e dos ensinamentos recebidos.

É dever de quem fica continuar a transmitir a memória dos falecidos para que o farol da cultura e do conhecimento nunca se apague.

Este grande homem desempenhou, entre outras, a função de Agente Consular Honorário, com empenho incessante, honrando a função com excelência.

Um exemplo precioso para toda a Rede Consular Honorária, para as nossas Associações, para os Comitês e para a Itália, representada pelo Consulado Geral de Curitiba que expressa imensa gratidão, não só ao saudoso Moacir Luiz Bogo e sua família, mas também a todas as pessoas que atualmente trabalham na rede consular honorária e nos demais órgãos mencionados, sempre em sinergia e incansáveis, em conjunto com o Consulado, todos unidos pelo futuro dos jovens”.