Merlo rejeita aumento no valor da “Taxa da Cidadania”. Texto definitivo sequer existe. Mas… “Faremos de tudo para impedir esse aumento”

“O Maie não votaria uma lei orçamentária que dispusesse um aumento de 100% sobre uma taxa que nós, de qualquer forma, consideramos injusta desde o seu nascimento” disse a Insieme o senador no Parlamento italiano, Ricardo Merlo.

Ao ser questionado sobre o que existiria de verdade na notícia que circulou sexta feira, dando conta de que o projeto orçamentário do governo para o próximo ano contém uma proposta de aumento de 100% (de 300 para 600 euros) na “taxa da cidadania”, Merlo negou qualquer apoio à iniciativa, afirmando que “nós sempre estaremos do lado dos italianos no exterior”.  Merlo é presidente do ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’ e  no anterior e atual governo  é subsecretário da Farnesina (Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional) para os italianos no mundo

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“Primeiro” – disse Merlo a Insieme no início da manhã deste sábado – “é preciso ver o texto definitivo deliberado pelo Conselho de Ministros, que ainda não existe”. Depois, prosseguiu, “é necessário entender que a Lei Orçamentária tem um caminho a percorrer e que pode ser modificada no Parlamento”. Se assim acontecer, disse ainda Merlo, “nós faremos de tudo para impedir esse aumento [da taxa]”.

E finalizou o senador ítalo-argentino: “ por último, te digo que o Maie não aprovaria uma lei orçamentária que preveja um aumento de 100% sobre uma taxa que consideramos injusta desde o seu nascimento”.

A notícia de um aumento de 100% sobre a chamada “taxa da cidadania” foi veiculada pela agência noticiosa italiana Ansa, referindo um texto provisório da proposta orçamentária do governo. A taxa, no valor de 300 euros sobre cada pedido de reconhecimento da cidadania por direito de sangue, está em vigor desde 8 de julho de 2014. Parte do que é arrecadado (30%) é devolvida aos consulados com a finalidade de dar suporte ao atendimento das “filas da cidadania” que, entretanto, persistem mais de cinco anos depois de sua instituição.