Lutar para que a exigência de comprovação do conhecimento da língua italiana seja cumprida no final do processo, que agora dura quatro anos, e não como está atualmente disposto, já no ato do requerimento de naturalização. Esta é a posição do presidente do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ do Paraná e Santa Catarina, Walter Antonio Petruzziello.

Segundo ele, a apresentação da certificação do conhecimento da língua italiana poderia ocorrer no próprio dia do juramento ou um pouco antes, e isso funcionaria como um incentivo ao estudo da língua italiana.

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A exigência de certificação do conhecimento da língua italiana passou a ser objeto de polêmica desde a edição do chamado “Decreto Salvini”, que alterou algumas normas relativas à naturalização italiana, mais especificamente às naturalizações por casamento. A nova norma suscitou críticas como as realizadas pelo ex-deputado Fabio Porta.

Petruzziello observa que com os esclarecimentos já prestados pelas autoridades italianas, todos os que solicitaram a naturalização anteriormente a 4 de dezembro de 2018 estão desobrigados da apresentação do certificado de conhecimento da língua italiana. Ao contrário, todos os que pediram ou pedirão a naturalização após aquela data, estão obrigadas a apresentar a certificação.

Este certificado deve ser apresentado no momento do pedido, ou seja, no início do processo. “É a isso que me contraponho”, afirma Petruzziello em vídeo-entrevista a Insieme.

“Não sou contrário, acho que a exigência desse conhecimento é válida”, diz Petruzziello. “Eu mesmo me naturalizei brasileiro e tive que saber ler um pedaço da constituição brasileira perante o juiz”. Mas “acho que deveríamos batalhar agora para que esta necessidade ou obrigatoriedade seja cumprida no final do processo. Ele leva de dois a quatro anos, e neste período isso seria um incentivo para que a pessoa fosse aprender o idioma neste intervalo de tempo. Porque eu tenho que apresentar um certificado agora, quando ainda vai levar quatro anos para obter esse reconhecimento?”