Para o senador, houve “total miopia política” na elaboração da chapa que ele encabeçava.

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u CURITIBA – PR – Fora do Senado em função do resultado eleitoral, o ainda senador Edoardo Pollastri dispara contra o Partido Democrático, por cuja legenda concorreu nesta eleições políticas para o Parlamento Italiano: “O PD quis perder para o Senado na América Latina” – afirma o senador. Num comunicado à imprensa, sem data mas com o timbre do Senado da República Italiana, Edoardo Pollastri assegura que da parte da coordenação do Exterior do partido, no que concerne à América Latina, “houve uma total miopia política na composição da chapa, elaborada com um inexplicável atraso, e que excluiu alguns possíveis candidatos que tinham se apresentado nas eleições passadas com a chapa da “União” e que conseguiram trazer muitos votos ao partido”.

Mas a acusação mais importante do senador é contra o coordenador Maurício Chiocchetti, cujo comportamento ele classifica de “amlético”. Sua declaração feita à Raí International dizia que “é bom não vencer em todos os lugares para evitar acusações dos adversários”. Pollastri observa que para ele isso é um mistério; “Porque o PD quis perder para o Senado na área da América do Sul?”

O senador Pollastri foi um dos mais assíduos freqüentadores das sessões do Senado Italiano, e disso ele tinha orgulho. Segundo ele, foi o autor das emendas orçamentárias que garantiram reforço para a reestruturação dos consulados na América do Sul, onde, principalmente no Brasil, formam-se filas ingentes de requisições de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue.

Cabeça de chapa sob a legenda do PD, Pollastri, que é presidente da Assocamerestero e da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo, era tido como um dos favoritos dessa eleição. Faltaram-lhe votos e a Argentina ficou com dois senadores – um deles a Mirela Giai, a quem Pollastri havia suplantado, no último momento, em 2006, por uma diferença de 70 votos. Giai, entretanto, não concorreu na mesma chapa de Pollastri, como da vez anterior e, sim, pela chapa de Ricardo Merlo que, por sua vez rompeu com o senador Pallaro – também não eleito.

Leia, na seqüência, o inteiro teor do comunicado do ainda senador Pollastri, que traz a assinatura de sua assessoria de imprensa:

 

u “Comunicato stampa – Elezioni estero, Pollastri: “Il Pd ha voluto perdere al Senato in America Latina”

“Da parte del coordinamento per l’estero del Pd, per quanto riguarda l’America Latina, vi è stata una totale miopia politica nella composizione della lista, elaborata con un inspiegabile ritardo, e che ha visto esclusi alcuni possibili candidati che si erano presentati alle scorse elezioni con la lista de L’Unione e che erano riusciti a convogliare molti voti al partito. Queste persone non sono state tempestivamente contattate e hanno finito per confluire nella lista associativa creata da Ricardo Merlo, dissociatosi dal ben noto Luigi Pallaro”.

Così Edoardo Pollastri, senatore uscente del Pd eletto nel 2006 all’interno della lista de L’Unione in America meridionale, ha commentato i risultati del Partito Democratico nella sua ripartizione e la conseguente perdita del seggio al Senato.

“È mancato totalmente – ha aggiunto Pollastri – il sostegno del Partito Democratico ai candidati, sia in termini organizzativi che economici. Il Pd ha infatti investito pochissimo in Sud America e solo alla fine della propria campagna elettorale, pur sapendo di essere un partito nuovo e poco conosciuto in questa parte del mondo”.

“In data 11 aprile, alla chiusura delle urne e prima della verifica dei voti, ho scritto una lettera al segretario generale Walter Veltroni denunciando il comportamento inspiegabile del coordinatore Maurizio Chiocchetti, comportamento rivelatosi ancora più ‘amletico’ dopo la sua dichiarazione rilasciata a Rai International, in cui diceva ‘è bene non vincere ovunque per evitare accuse degli avversari’. Resta per me il mistero: perché il PD ha voluto perdere al Senato nella ripartizione America meridionale?”.

“Voglio poi rivolgere agli eletti dell’America Latina, che mi auguro abbiano la coscienza di essere stati eletti con piena correttezza e assoluta lealtà, i migliori auguri di buon lavoro”.