Imagem do Edifício Canilon by 'Street Wiew"/Google)

O imóvel em reforma para os novos serviços consulares italianos no Espírito Santo, a partir do próximo mês de agosto, não é definitivo e atenderá à fase de transição que durará pelo menos dois ano entre o “sportello consolare” e a “agenzia consolare” . A informação foi repassada a Insieme pelo conselheiro capixaba no Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ do Rio de Janeiro, Cilmar Franceschetto, ao término de uma reunião ordinária do órgão, realizada nesta sexta-feira.

Segundo o relato de Franceschetto, a representante do consulado do Rio de Janeiro na reunião, Alessia Cantagallo, explicou que o imóvel em reforma no Edifício Canilon (pertencente ao pai do cônsul honorário Roger Gaggiato conforme divulgamos no início de junho) foi contratado pelo prazo de dois anos. através de termo de comodato entre o governo italiano e o proprietário do imóvel. Insieme tentou apurar mais informações sobre esse contrato, mas ninguém respondeu.

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Os representantes capixabas no Comites do RJ reivindicam que as entidades italianas do Espírito Santo sejam consultadas no processo de escolha do imóvel definitivo para a futura “agenzia consolare”. Como se recorda, o Governo do ES ofereceu imóveis (incluindo obras de adaptação e reforma) para a instalação de uma agência consular de primeiro grau da Itália em Vitória, para onde deverá ser transferido todo o material sobre a comunidade do ES hoje existente no Consulado do Rio de Janeiro.

Na reunião, presidida por Andrea Lanzi – segundo postou Franceschetto em seu perfil do Faceboock – “Um dos pontos de pauta da reunião foi a nova estrutura consular “Sportello Consolare” a ser aberta em Vitória agora em agosto, como uma etapa de transição para a definitiva instalação da “Agenzia Consolare”.

“Aproveitamos a ocasião – lê-se no documento postado – para tirar algumas dúvidas quanto as tratativas para a nova instituição. Um dos assuntos abordados foi quanto ao espaço alugado, no edifício Conilon, na Enseada do Suá. onde funcionará a nova estrutura consular. Ao ser questionada sobre os serviços e o aluguel do espaço, a sra. Alessia nos informou o seguinte:

1 – Que este não será o espaço definitivo para o funcionamento da ‘Agenzia Consolare’, a qual será aberta em outro local, ao ser oficialmente instituída. Foi assinado um contrato de comodato de dois anos entre o Ministério das Relações Exteriores da Itália e o proprietário do imóvel;

2 – os dois servidores, ora contratados, para atuar a partir de agosto, não ficarão em definitivo. Ou seja, não necessariamente continuarão com a instalação da “Agenzia Consolare”;

3 – todas as pastas de Cidadania que foram abertas no Consulado Geral do Rio de Janeiro, por residentes no Espírito Santo virão para Vitória, as originais e em formato digital. O arquivo do Consulado Geral está digitalizando todos os processos (50 mil itens já foram digitalizados);

4 – a “Agenzia” será totalmente independente do Rio de Janeiro. O ente superior no Brasil será, então, a Embaixada, em Brasília.

5 – nessa primeira etapa (Sportello Consolare, com a estrutura do Consulado Honorário), continua a vinculação com o Consulado Geral. Portanto, os serviços de cidadania, passaporte (impressão), Stato Civile continuam no Rio. Esses serviços serão realizados em Vitória apenas com a oficialização da Agenzia Consolare.

6 – o encarregado responsável pela Agenzia será um Agente Consular, indicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália (em substituição ao Cônsul Honorário).

7 – a representante do Consulado Geral não informou sobre um prazo para a definitiva instalação da Agenzia Consolare.

Franceschetto prossegue informando ainda: “Solicitamos à representante do Cônsul que os representantes do Comites, sejam comunicados, de modo oficial, sobre os procedimentos quanto às mudanças no Consulado do Espírito Santo, bem como sobre os procedimentos internos de atendimento do Consulado Geral, principalmente neste momento durante a pandemia. Solicitamos ainda que, por ocasião da escolha de um espaço definitivo para a Agenzia Consolare em Vitória, as entidades e representantes da comunidade ítalo-capixaba sejam ouvidos. Que o processo seja o mais transparente possível e totalmente independente da atual estrutura consular ora em atividade em Vitória.”

Pelo Espírito Santo participaram da reunião Cilmar Cesconetto Franceschetto, Rita Bortoluzzi Herzog e João Otávio De Carli.