Toma corpo o movimento pela instalação de um consulado da Itália em Florianópolis, para atendimento da grande comunidade ítalo-catarinense. Agora estão envolvidos na tarefa todos os parlamentares estaduais com ascendência italiana.

Quem resolveu aglutinar forças foi o deputado Vicente Caropreso, que é também conselheiro do Comites PR/SC. Com um café da manhã em seu gabinete, em Florianópolis, ele reuniu (25/04) a maioria de seus colegas ítalo-descendentes, além de outras lideranças da comunidade ítalo-catarinense, para organizar a conversa.

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Um dos objetivos é obter definitivamente do governo do estado a cessão de imóvel, já prometido, onde deverá funcionar o consulado – uma ideia que desde o início obteve o pronunciamento favorável do atual embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini.

Outra é dar início à organização de uma comitiva que, juntamente com igual delegação do Espírito Santo, deverá ir à Itália assim que o novo governo italiano estiver formado. Essa comitiva procurará sensibilizar o governo italiano para a instalação dos dois novos consulados. Catarinenses e Capixabas – as duas comunidades com maiores percentuais de ítalo-descendentes no Brasil – dependem hoje dos consulados de Curitiba e Rio de Janeiro, respectivamente.

Essa delegação irá à Itália levando um documento respaldando a petição por parte do Executivo e do Parlamento catarinense, além de outras entidades, empresas e lideranças do Estado, que se diz cansada da dependência dos serviços por parte do Consulado de Curitiba, do qual Santa Catarina depende. Situação semelhante acontece com o Espírito Santo, em relação ao Consulado do Rio de Jeneiro.

Essa “Carta de Santa Catarina” deverá ainda enumerar todas as vantagens que a própria Itália teria com a abertura de um ‘consulado de carreira’, em lugar do Vice-Consulado Honorário hoje em funcionamento na Ilha. Participaram da reunião no gabinete do deputado Caropreso os deputados Valdir Cobalchini (lider do governo na Alesc), Carlos Chiodini, Moacir Sopelsa, Valmir Comin. Narciso parisotto, Rodrigo minotto, Pé Pedro Baldissera, Neodi Saretta, Cleiton Salvaro, César Valduga, Romildo Titton, Luciane Carminatti.

Participaram, ainda, os prefeitos de Nova Trento, Gian Francesco Voltolini, e de Cescanso, Sadi Inacio Bonamigo; a presidente do Círculo Italo-Brasileiro de SC, Alessandra Curioni; a presidente da Associação ‘Trevisani nel Mondo’ de Tubarão, Fabíola Cechinel; o presidente da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil, de São João Batista, José Sardo; o professor de língua italiana Juliano Mazzola e, entre outros, representando o Comites PR/SC, o conselheiro João Andreata e a coordenadora dos círculos trentinos de Santa Catarina, Simone Sehnem.

Na oportunidade, o conselheiro da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de SC, Diego Mezzogiorno, que vem liderando o movimento pró-consulados, historiou rapidamente a luta organizada em conjunto com lideranças do Estado do Espírito Santo para a instalação de ‘consulados de carreira’ em Vitória e em Florianópolis – as duas capitais de Estado que detêm a primazia histórica da imigração italiana no Brasil.

“Esse encontro partiu das evidências da necessidade de um consulado italiano em Santa Catarina, devido à exaustão da capacidade de atendimento por parte do consulado de Curitiba, que atende os Estados do Paraná e Santa Catarina”, disse o deputado Caropreso. Em razão disso, prosseguiu, foi formado esse evento com os parlamentares catarinenses de origem italiana (dos 40, somos em 25), e todos estão de acordo para que isso aconteça.

Já existe, conforme explica Caropreso, uma carta de intenção assinada pelo governador Eduardo Pinho Moreira, há o apoio do embaixador da Itália, e há também esforços “de se localizar um imóvel que sirva de abrigo para esse consulado” e o passo seguinte será uma “Carta de Santa Catarina” a ser entregue para o governo italiano que está em formação, para que “definitivamente se dê início a essas operações”.