u A iniciativa de estreitar ainda mais as parcerias entre o Brasil e a Itália  levou as entidades setoriais  dos dois países  a estabelecer um acordo de intenções para incrementar o comércio bilateral, como também reduzir taxas e eventuais barreiras e  limitar a entrada de produtos asiáticos

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Resultado das fortes relações entre o Brasil e Mercosul , a Itália e União Européia, aconteceu durante a 40ª Francal, em São Paulo, a assinatura de um acordo de intenções para o setor calçadista entre a ABICALÇADOS – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, representada por seu presidente Milton Cardoso, e a ANCI – Associazione Nazionale Calzaturifici Italiani -, com mandato da CEC – Confederação Européia da Indústria de Calcados – através do vice-presidente Andrea Brotini.

 

As principais metas do acordo visaram desenvolver estudos para o incremento das relações entre as instituições, objetivando disponibilizar às respectivas empresas projetos de intercâmbio e exploração conjunta de oportunidades de mercado, como também integrar instituições e empresas do Mercosul e União Européia neste processo. Também se objetivou facilitar a participação das empresas filiadas, às instituições participantes nas feiras setoriais promovidas nos respectivos países, e promover ações junto às instituições setoriais e governos das citadas regiões no sentido de incrementar o comércio bilateral, pela redução das tarifas de importação e eventuais barreiras.


Invasão asiática


Andrea Brotini, vice presidente da ANCI, admitiu que a Comunidade  Européia calçadista, que reúne todos os países europeus fabricantes de calçados, quer tratar com o Brasil o problema dos impostos de importação, que atualmente é de 35%, enquanto que nos demais países do Mercosul é menor.

“Não somente  a ABICALÇADOS como também a Itália sentem de perto a invasão chinesa no mercado interno. Não é o problema da importação do calçado italiano ou brasileiro, mas a importação dos calçados chineses e vietnamitas”.

Grande maioria da produção calçadista da China não tem o padrão de qualidade, segurança e controle dos europeus e principalmente dos italianos, desta forma o problema não é a importação do calçado italiano, que em 2007 alcançou 60 mil pares por um preço (fob) médio de 84 euro, considerado produto de alto nível, que se contrapõe ao produto do mercado doméstico que são calçados de nível médio e econômico, que não são mais produzidos na Itália, conclui ANDREA BROTINI.

A solicitação de investigação anti-dumping, feito pela indústria italiana  à Comissão Européia, também foi útil para a indústria brasileira já que as importações da China estão estabilizadas após anos de espetacular crescimento. Em 2007, 31% dos calçados importados pela Itália, foram do Brasil.

A delegação italiana recebeu o apoio, no Brasil, do ICE – Instituto Italiano para o Comércio Exterior, instituição do governo italiano ligada ao Ministério do Desenvolvimento Econômico da Itália, cujo trabalho é voltado à promoção de  produtos, tecnologias e serviços italianos em todo o mundo.

 

    

Regina Di Marco (Mtb 11594)