“Serei um representante com as pessoas, horizontal, um representante de indivíduos, não de grupos de interesses ou de partidos políticos italianos”, assegura o sociólogo Daniel Taddone ao confirmar que será candidato a deputado nas próximas eleições para a renovação do Parlamento Italiano, dissolvido hoje pelo presidente Sergio Mattarella.

As eleições deverão acontecer dentro de cerca de 60 dias – mais precisamente no dia 4 de março, conforme fixou também hoje o Conselho de Ministros presidido por Gentilone – mas os italianos no exterior, que votam por correspondência, deverão votar antes, já que o material será todo distribuído e devolvido pelos correios.

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Taddone deverá sair por um movimento novo denominado “Unital – Unione Tricolore America Latina”, em “gestação” há muito tampo mas só hoje, após a dissolução do Parlamento, dado ao conhecimento público. Os demais nomes da lista não estão, ainda, todos definidos. Também a atual deputada Renata Bueno confirmou hoje à noite a Insieme que é candidata à reeleição em lista que está sendo concluída nos primeiros dias do ano.

Outros candidatos já conhecidos serão o atual deputado pelo PD – Partido Democrático, Fabio Porta, que também tentará a reeleição, ao lado de Fausto Longo, candidato ao Senado, enquanto o Maie – “Movimento Associativo Italiani all’Estero” deverá sair com Ricardo Merlo para o Senado tendo, no Brasil, como candidatos a deputado, os advogados Walter Antonio Petruzziello e Luis Molossi.

Outro nome que confirmou hoje a Insieme sua candidatura (provavelmente pelo Maie) é Antonio Laspro. Por “Liberi e Uguali”, como já é sabido, sairão Walter Fanganiello  Maierovitch (Câmara) e Silvana Rizzioli (Senado). O atual funcionário da Embaixada da Itália no Brasil, Pasquale Metafora, também seria candidato ao lado de outros nomes que passaram a ser cogitados nas últimas horas.

A revista Insieme, em sua página na internet, continua a publicar vídeos com entrevistas de candidatáveis. Neste de hoje, além de confirmar sua candidatura, Taddone promete uma “representação combativa” e sem “contemporizações” com autoridades e consulados, pois, segundo ele, o que se haverá de buscar é o cumprimento das leis (referência às filas da cidadania).

Segundo Taddone, no Brasil temos como representantes “pessoas que não têm absolutamente nada por trás”. Criticando a atuação parlamentar até agora, ele se refere a “pessoas que têm algum dinheiro e conseguiram se eleger enviando folhetos às casas dos eleitores”, mas que ‘representam a só próprias’, e são incapazes de se preocupar com problemas reais da comunidade.

Apesar do período de festas e, logo a seguir, do período carnavalesco, a campanha eleitoral para o Parlamento italiano promete esquentar. Em toda a América do Sul têm direito a voto mais de um milhão de eleitores, dos quais cerca de 350 mil no Brasil. Os números oficiais deverão ser divulgados nos próximos dias, mas sabe-se que o maior colégio eleitoral continua sendo a Argentina, seguida do Brasil, onde quase 50% dos eleitores estão concentrados na jurisdição consular de São Paulo.