“Ainda este mês, Renata Bueno e Luiz Scarpelli têm audiência com a procuradoria italiana, em Roma, para entregar em mãos o mesmo dossiê entregue à justiça brasileira”, informou esta semana em nota à imprensa a ex-deputada e presidente do Instituto Cidadania Italiana, de Curitiba. Na nota, com data do dia 20/07, se informa que “ os crimes cometidos pela Máfia da Cidadania Italiana ocorrem em ambos os países e vêm sendo noticiados há algum tempo”.
A informação acompanha a notícia de prisão, pela polícia paranaense, de uma dupla que aplicava golpes da cidadania italiana. “Uma série de documentos estão sendo entregues às autoridades brasileiras desde meados do mês de abril – acrescenta o comunicado com o subtítulo “Ponta do Iceberg” – pelo movimento conhecido como ‘Corrente do Bem’, liderado pelo advogado ítalo-brasileiro Luiz Scarpelli e pela ex-deputada federal da Itália para a América do Sul, Renata Bueno”.
Segundo a nota, “uma ação da Polícia Civil do Paraná prendeu um casal suspeito de aplicar golpes em famílias que buscavam reconhecimento de cidadania italiana. A prisão, realizada em Curitiba, ocorreu nesta segunda-feira (8). Em um dos casos, a vítima afirma ter pago R$ 12 mil para dar entrada nos documentos necessários para a tramitação”.
Sem nominar presos nem vítimas, nem ao menos indicar o local e outras circunstâncias da ação policial, a nota prossegue: “Conforme apurado pela polícia, um dos detidos se passava por advogado e funcionário da Embaixada Italiana em Curitiba (sic) e, desta forma, oferecia falsas facilidades aos interessados. Junto com a dupla foram apreendidos diversos documentos públicos e privados falsificados, bem como dinheiro em espécie. Durante as investigações, foram constatados ao menos outras três famílias vítimas do casal, que segue preso e irá responder por estelionato e falsificação de documento particular e público”.
No final de maio, a Procuradoria Geral da República em Brasília, encaminhou o inquérito solicitado por Luiz Scarpelli a Curitiba com cópia para a Embaixada da Itália. A denúncia de “confecção dos documentos falsos ocorreria no município de Curitiba”, escreveu o procurador Claudio Drewes José de Siqueira em seu despacho. Os fatos denunciados “ocorrem supostamente em Curitiba-PR”, incluindo o possível envolvimento de “servidores do Consulado Geral da Itália” acrescentava o despacho.