É muito pouco provável que as eleições previstas para para o ano que vem, para a renovação dos Comites – ‘Comitati degli Italiani all’Estero’, sejam realizadas, segundo disse a Insieme o subsecretário para para os italianos no mundo da Farnesina, em sua recente passagem por Curitiba. “Se for confirmado que haverá um referendum na primavera” (outono no Brasil), não acontecerão as eleições dos Comites, pois “não podem ser realizadas duas eleições no mesmo ano”, disse Merlo. Segundo ele, o referendum vai acontecer.

A consulta referendária referida será em relação à emenda constitucional recentemente aprovada pelas duas casas legislativas, que prevê o enxugamento em mais de um terço do número de cadeiras do Parlamento italiano. Merlo, que é senador pelo Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’ disse que, no Senado, já existiam mais de 50 as assinaturas pró-refendum. “Havendo o referendum, não serão realizadas as eleições para o Comites.

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Merlo admitiu que esta é a razão pela qual a proposta orçamentária para 2020 do governo italiano sequer está prevendo recursos para a realização das eleições dos Comites – um tema que já vinha movimentando correntes políticas em todo o mundo, incluindo no Brasil, onde grande número de conselheiros não poderiam concorrer, segundo as normas estabelecidas porque já cumprem o segundo mandato.

O subsecretário explicou que os consulados não suportariam, com recursos e pessoal disponíveis, a realização de duas eleições no mesmo ano.

O quase certo adiamento das eleições dos Comites já está gerando protestos contra o governo italiano. Hoje à tarde, o deputado Massimo Romagnoli, do MDL – “Movimento delle Libertà” distribuiu comunicado à imprensa dizendo que se o adiamento das eleições (previstas na lei) dos Comites acontecer será “mais um tapa na cara de seis milhões de italianos no mundo”.