“Alguns não sabem o que dizer e se apegam a qualquer coisa para não reconhecer uma realidade: desde 2018 existe uma verdadeira política para os italianos no exterior”.


 

“Não há sentido perder tempo com isto”, afirmou o senador Ricardo Merlo ao comentar as críticas que passou a receber depois que a Farnesina (Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional) anunciou o fechamento de 27 agências consulares honorárias, seis das quais no Brasil.

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Os que criticam deveriam “reconhecer – segundo Merlo – o trabalho que está sendo feito nesta legislatura, seja durante o governo Lega-5Stelle, seja agora no governo 5Stelle-PD-Leu-Maie”. E conclui: “Depois, alguns fazem parte deste governo, portanto, que falem com os seus”. Isto vale e é real, acrescenta Merlo: “Alguns não sabem o que dizer e se apegam a qualquer coisa para não reconhecer uma realidade: desde 2018 existe uma verdadeira política para os italianos no exterior”.

Segundo Merlo, em mensagem de voz enviada à redação de Insieme que perguntou se ele tinha algo a dizer sobre as críticas recebidas nos últimos dias – “este não é um fechamento. Não eram consulados. Não existiam”.

O que o senador – que é subsecretário da Farnesina e responde pelos italianos no mundo – acha estranho é as pessoas terem a informação da existência de um serviço que não funciona, aliás, não funcionava há muito tempo, pois algumas dessas agências sequer funcionaram um dia. “Essas pessoas [que criticam] não sabem como agir quando vêm que nós estamos reabrindo todos os consulados que eles fecharam entre 2010 e 2017, que são 54”.

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Merlo não se referiu diretamente a ninguém, mas está evidente que em sua mensagem enviada a Insieme deu resposta ao que disse o ex-deputado Fabio Porta, de longe o principal crítico das ações do presidente do Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’. Disse que além do que já foi realizado até aqui, vai logo abrir um consulado em Tenerife, depois em Manchester, em seguida colocará a pedra fundamental de um hospital italiano em Caracas. “Não sabem o que dizem e falam essas asneiras” contra um ato “meramente administrativo” da Farnesina.

Quem deve explicações aos cidadãos, diz ainda Merlo, são aqueles que governaram entre 2010 e 2017 por “todos os consulados que fecharam… consulados, não estas agências consulares honorárias que não existiam. Não há fechamento de uma coisa que não estava aberta. Não vi nenhum daqueles que escrevem [críticas] realizar alguma manifestação diante do Consulado de Montevidéu, quando foi fechado. E aquele era um consulado que atendia a 130 mil concidadãos”