Nicola Occhipinti festeja a chegada do primeiro retorno parcial da Taxa da Cidadania. (Foto Desiderio Peron / Arquivo Revista Insieme)

“Com os 30% da taxa, a partir de agora começa um círculo virtuoso que vai incentivar os Consulados da Itália no Brasil (e na Argentina principalmente) a reconhecer mais cidadanias para obter mais verbas e melhorar sempre mais todos os serviços consulares. Grazie, obrigado, viva o RS, viva o Brasil, viva a Itália!”

Assim, ufanista, o cônsul Nicola Occhipinti termina um ‘post’ de hoje na página do Consulado Geral da Itália em Porto Alegre,  em que anuncia a chegada da primeira parcela de recursos oriundos da “taxa da cidadania”, que vem sendo cobrada desde 8 de julho de 2014. “Na semana passada foi acreditada na conta corrente deste Consulado Geral a soma de 381.600 euros, os 30% da taxa sobre o reconhecimento da cidadania italiana arrecada em 15 meses (2016 e primeiro trimestre de 2017)”, escreveu Occhipinti.

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Depois de Belo Horizonte, Porto Alegre é o segundo consulado a anunciar a chegada do dinheiro, sobre o qual alguns consulados continuam a fazer segredo. Segundo Occhipinti, “com esta verba (que o Ministério de Relações Exteriores da Itália nos indicou como utilizar) vamos gradualmente melhorar todos os serviços consulares e reduzir a fila pela entrega da documentação relativa ao reconhecimento da cidadania ‘iure sanguinis’”. O recurso decorre de lei proposta pelo então deputado Fabio Porta e se destina exclusivamente à atender as chamadas “filas da cidadania”.

Por sua posição, Occhipinti passou a ser elogiado em grupos como o “Cidadania Italiana – Área Livre” e, mesmo, convidado a assumir outros consulados, já que seu período em Porto Alegre está para esgotar. Ele também foi lembrado de que é preciso melhorar o serviço de agendamento de passaportes, com o que concordou e disse que “a taxa vai funcionar porque incentiva todos a gerar e ter mais verba para melhorar os serviços consulares”.

Após colocar uma tabela comparativa de atendimentos em seu consulado em que informa que no ano passado atendeu 1.360 pessoas, ou seja, três vezes mais que em anos anteriores, Occhipinti anunciou que a fila da cidadania estará zerada até 2020 e prestou as seguintes informações: “Amigos, descendentes de italianos, Importante notícia que nos enche de satisfação e de orgulho. No 2020 a fila para o reconhecimento ‘iure sanguinis’ no RS (menos os Trentini porque a jurisdição é do Ministério do Interior) será zerada!

A tabela postada pelo cônsul Occhipinti dá uma ideia do volume de atendimento de enfileirados da cidadania nos últimos anos. (Reprodução FB)

A tabela elenca as famílias enfileiradas no RS entre o 2008 e o 2017. São 6.530. Desde julho do 2017 estamos convocando ao ritmo de 200 famílias por mês, ou seja 2.400 famílias por ano. Este ritmo tão elevado é gerado pelos seguintes motivos.

1) Acreditamos que vocês são um inestimável Capital Humano que precisa ser valorizado e que o reconhecimento (moltiplicando o orgulho das origens dos oriundi) fomenta os negócios; portanto o reconhecimento iure sanguinis fornece um contributo ao crescimento do PIB da Itália.

2) Foram analisados todos os detalhes do processos de trabalho para aumentar a nossa produtividade.

3) Antecipando a chegada dos 30% das taxas arrecadadas no 2016, no 2017 foram assumidos 8 interinos, aumentando consideravelmente os RH do Consolato. Em poucos dias será acreditada a suma de 381.000 Euro na conta corrente do Consolato em POA, correspondentes às taxas arrecadadas no 2016 e no primeiro trimestre do 2017.

Com este ritmo, daqui ao final do 2020 vamos convocar 7.200 famílias. Temos 6.530 famílias na fila. Então em 3 anos a fila será zerada. Além disso teremos mais interinos e a melhor tecnologia graças a este dinheiro. A nossa produtividade vai crescer ainda mais.

Já no 2017 (confiram o post nesta página) o Consulado em Porto Alegre quebrou os recordes históricos em termos de reconhecimento da cidadania italiana e de emissão de passaportes”.