A conselheira do Brasil no CGIE, Rita Blasioli Costa. (Foto Desiderio Peron / Arquivo Revista Insieme)

Os três delegados do Brasil no CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’ deverão apresentar uma única posição sobre a reforma das leis eleitoral e da cidadania durante a próxima assembléia continental do órgão, convocada para os dias 4 a 6 do próximo mês, em Santo Domingo, na República Dominicana.

A informação é da conselheira Rita Blasioli Costa ao responder questionamento de Insieme sobre a posição (pessoal ou combinada) de cada representante no órgão máximo da representação dos italianos no exterior em relação aos dois importantes assuntos.

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“Creio que não seja oportuno expor minha posição pessoal, tanto sobre a reforma da lei eleitoral, quanto sobre a lei da cidadania [italiana], uma vez que o compromisso assumido é aquele de apresentar um único documento e não as diversas posições pessoais”, disse Blasioli – a única a responder até agora. “Teremos necessidade, seguramente, de alguns dias a mais para poder elaborar [o documento]”, acrescentou a conselheira.

Blasioli informou a Insieme que “ontem [ante-ontem] transmiti a ordem do dia da continental de Santo Domingo a todos os presidentes de Comites – ‘Comitati degli Italiani all’Estero’ para colher sugestões e posições sobre os assuntos agendados e estamos na espera de suas considerações para poder elaborar o ‘Documento Paese’ para levá-lo à continental”.

Entretanto, Blasioli deixa transparecer que o sistema de consultas não está andando a contento: o secretário geral do CGIE pergunta aos conselheiros, representantes de cada país; os conselheiros, por sua vez, perguntam aos presidentes de Comites que, por sua vez, consultam ou não seus conselheiros de base, que deveriam consultar seus representados. E o assunto morre aí, ou o processo de resposta é lento. Este é o resumo da ópera, isto é, o que está, de fato, acontecendo. Pelo menos no Brasil.

Segundo Rita Blasioli Costa, já faz algum tempo que o secretário geral do CGIE, Michele Schiavone, dirigiu perguntas (no caso, sobre a lei da cidadania) a todos os Comites, “mas, até hoje, nós, conselheiros do CGIE, não recebemos ainda nenhum relatório; esperamos que cheguem nos próximos dias”.

Sobre a reforma da lei sobre a cidadania, segundo Rita, “existe um esboço em elaboração junto à III Comissão do CGIE (Direitos Políticos e Civis) e também eles estão na espera das posições que que serão tomadas nas sedes continentais para, depois, concluí-las e submetê-las ao parecer da plenária de novembro”, em Roma.