A "taxa da cidadania" de 300 euros começou a ser cobrada no dia 8 de julho de 2014 e incide sobre todo processo de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue. (Montagem/Insieme)

O valor da “taxa da cidadania” não vai ser alterado, disse hoje à tarde o senador Ricardo Merlo em mensagem a Insieme. A taxa permanecerá nos 300 euros que vêm sendo cobrados desde julho de 2014. Também não serão majorados os valores das taxas incidentes sobre os demais serviços consulares.

Segundo Merlo, a emenda apresentada pelo senador ítalo-uruguaio Adriano Cario foi aprovada pela Comissão de Orçamento do Senado e isto significa que “não se fala mais no assunto”. Merlo fez questão de acentuar que Cario integra o grupo Misto/Maie “‘per chiarire’ (para esclarecer)”.

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A proposta orçamentária enviada pelo governo ao Parlamento previa um aumento de 100% sobre os valores cobrados pelos requerentes do reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue, que iriam de 300 para 600 euros, equivalentes a cerca de R$ 3.000,00. Assim que foi divulgada, a proposta gerou muitas críticas e o próprio Merlo adiantava que, independentemente de consequências políticas, não apoiaria jamais o valor proposto pelo governo do qual faz parte. Segundo a mesma proposta, as demais taxas também teriam um acréscimo de 20%.

Ainda segundo Merlo, que é também o subsecretário da Farnesina para os italianos no mundo, a emenda de Cario que impediu o aumento da “taxa da cidadania” tem o senador uruguaio como primeiro subscritor, seguindo-se a senadora Loredana De Petris, de Leu – ‘Liberi e Uguali’ e, como terceiro subscritor, o senador eleito pela Austrália, Francesco Giacobbe, do PD – ‘Partito Democratico’.

Já no dia 2 de dezembro, Merlo antecipava a Insieme que a emenda de Cario tinha 95% de chances de ser aprovada no Senado.