A ex-deputada Renata Bueno, que ontem anunciou publicamente sua candidatura ao Parlamento italiano nas eleições do dia 25 de setembro próximo, concorrerá pela Usei – Unione Sudamericana Emigrati Italiani. A informação é de fonte próxima ao também ex-parlamentar ítalo-argentino Eugenio Sangregorio, presidente da sigla que, embora contatado diretamente, não respondeu à indagação. Ao anunciar a candidatura, Renata Bueno, no Brasil filiada ao PPS – Partido Popular Socialista, não informou através de que legenda política está concorrendo
Renata escreveu nas redes sociais que sua candidatura “é oficial” e convidou a seus seguidores: “Vamos juntos caminhar rumo ao Parlamento italiano, vamos levar para lá as pautas e as necessidades em defesa de todos os italianos no exterior. Em entrevista recente, a candidata informou que está filiada ao partido Italia Viva, do ex-presidente do Conselho de Ministros italiano, Matteo Renzi.
O curioso é que na sua “volta ao ninho”, Renata vai concorrer com seu próprio “patrocinador”: Sangregorio é, assim como ela, também candidato à Câmara, onde ocupava uma cadeira na legislatura que foi recentemente interrompida. “Ela só vai acabar dividindo ainda mais os votos dos ítalo-brasileiros, ajudar a eleger um argentino e, como prêmio, verá sua própria pretensão enterrada por uma derrota já delineada”, disse a fonte de Insieme.
A candidata, segundo ela mesma informou, estava recebendo “propostas de diversos partidos, inclusive de centro-direita” e “analizando diversos convites recebidos”, em “conversas muito produtivas”, “fundamentais para a nossa decisão”. Na mesma entrevista, Renata observava que, a estratégia correta para garantir pelo menos uma cadeira para o Brasil no novo Parlamento italiano “teria sido ter mais união entre os brasileiros”. “Sempre temos muitos candidatos no Brasil e isso acaba distribuindo demais os votos, dando mais oportunidade aos outros países”, afirmava ela.
Na eleição de 2018, Renata Bueno concorreu através da coligação Civica Popolare de Lorenzin e conquistou 15.602 votos. A renovação do Parlamento italiano também coincide com a redução em cerca de um terço do número de cadeiras: 600 no total, sendo 400 para a Câmara e 200 para o Senado. Na América do Sul, os eleitores italianos no exterior vão eleger dois deputados e um senador. A eleição será, como sempre, por correspondência em período anterior ao dia de eleição na Itália.