O deputado Fabio Porta diz que proposta de seu colega de partido é inoportuna. (Foto Desiderio Peron / Arquivo Revista Insieme)

O deputado Fabio Porta estará presente na manifestação do dia 12 diante do Consulado Geral da Itália em São Paulo. Sua adesão acaba de ser comunicada à redação de Insieme através de e-mail, em testo escrito em italiano e em português.

“Se essa manifestação tiver o mesmo caráter livre e independente de partidos, e quero acreditar na boa fé dessas mil pessoas que me solicitaram que participasse com eles dessa mobilização, estarei com elas”, escreveu o parlamentar, referindo-se ao abaixo assinado que lhe foi endereçado, assim como também à deputada Renata Bueno e ao senador Fausto Longo.

PATROCINANDO SUA LEITURA

O documento pede a presença dos parlamentares na manifestação para, segundo acentua Porta – pedir melhores serviços consulares e a transferência aos consulados dos 300 euros pagos pelos pedidos de cidadania. “Tratam-se de duas reivindicações que estão no centro de meu mandato desde o primeiro dia desta legislatura”, disse Porta.

Ele faz apenas uma ressalva que poderia frustrar sua decisão de ir ao protesto: as votações, no Parlamento, da nova lei eleitoral. De outra forma, garante: “serei o primeiro a me colocar ao lado dos manifestantes”.

Depois que o senador Fausto Longo também aderiu ao movimento, falta apenas o pronunciamento da deputada Renata Bueno. O protesto do dia 12 ainda poderá unir todas as forças políticas da América do Sul em torno da reivindicação por melhores serviços consulares italianos na área. Os parlamentares do Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’ aderiram logo no início ao protesto que nasceu por iniciativa do presidente do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ do Recife, Daniel Taddone.

Confira o texto de Fabio Porta, nas duas línguas:

“Quase mil pessoas assinaram uma petição com a qual pedem minha presença (e a dos outros parlamentares italianos residentes no Brasil) na manifestação organizada para o próximo dia 12 de outubro em São Paulo,  para pedir melhores serviços consulares e a transferência aos consulados dos 300 euros pagos pelos pedidos de cidadania.

Tratam-se de duas reivindicações que estão no centro de meu mandato desde o primeiro dia desta legislatura.

Ainda mais: fui eu que escrevi e apresentei a emenda que prevê que o valor recebido pelos Consulados seja destinado à eliminação das longas “filas de espera” para o reconhecimento da cidadania.

Uma emenda aprovada pelo Parlamento e apoiada pelo governo do então Primeiro Ministro, Matteo Renzi.

Uma lei do estado italiano, portanto, que já conta com 4 milhões de euros e que pode, portanto, ser já aplicada para a solução do problema apresentado pelos manifestantes.

Se a manifestação for para solicitar que esses recursos sejam imediatamente disponibilizados aos Consulados, serei o primeiro a me colocar ao lado dos manifestantes (se os compromissos no Parlamento e as delicadas votações destes dias sobre a nova lei eleitoral me permitirem).

Tenho sido contrário desde o início e, consequentemente, preveni sobre a utilização instrumental dessa mobilização e de sua indevida exploração para fins políticos por parte de um partido / movimento que quer lançar candidaturas próprias ou iniciar uma campanha eleitoral tendo como base esses temas; apoiei no ano passado a petição popular de quase dez mil assinaturas que solicitava melhores serviços consulares e a utilização dos 300 euros para eliminar as “filas” e, desde alguns meses, apoio a iniciativa do mesmo Comitê de cidadãos que solicita ao chefe do governo, Gentiloni, que transfira esses recursos aos Consulados.

Se essa manifestação tiver o mesmo caráter livre e independente de partidos, e quero acreditar na boa fé dessas mil pessoas que me solicitaram que participasse com eles dessa mobilização, estarei  com elas.
Não para instrumentalizar o seu protesto mas para pedir, juntamente a eles, a solução de um problema; uma solução para a qual contribui para se conseguir os recursos e determinar o instrumento legislativo para poder utilizá-los. Convencido de que às palavras, principalmente para nós políticos, devam sempre seguir os fatos! Fabio Porta”.


Quasi mille persone hanno firmato una petizione con la quale si chiede la mia presenza (e quella degli altri parlamentari italiani residenti in Brasile) alla manifestazione organizzata il prossimo 12 ottobre a San Paolo per chiedere migliori servizi consolari e il trasferimento ai consolati dei 300 euro per le domande di cittadinanza.

Si tratta di due rivendicazioni al centro del mio mandato di deputato dal primo giorno di questa legislatura.

Di più: sono stato io a scrivere e presentare l’emendamento che prevede che quanto incassato dai consolati sia destinato alla eliminazione della lunghe “file di attesa” per il riconoscimento della cittadinanza.

Un emendamento approvato dal Parlamento e sostento dal governo dell’allora Primo Ministro Matteo Renzi.

Una legge dello Stato italiano, quindi, che già conta con 4 milioni di euro e che può quindi essere già applicata per andare incontro alla soluzione del problema posto dai manifestanti.

Se la manifestazione è per chiedere l’immediata messa a disposizione dei consolati di queste risorse sarò il primo a scendere a fianco di chi manifesta (se gli impegni in Parlamento e le delicate votazioni di questi giorni sulla nuova legge elettorale lo consentiranno ).

Sono stato contrario fin dall’inizio, e conseguentemente ho messo in guardia, dall’utilizzo strumentale di questa mobilitazione e dal suo sfruttamento indebito per fini politici da parte di un partito/movimento che vuole lanciare proprie candidature o iniziare una campagna elettorale su questi temi; ho sostenuto lo scorso anno la petizione popolare di quasi diecimila firme che chiedeva migliori servizi consolari e l’utilizzo dei 300 euro per eliminare la “file” e da qualche mese appoggio l’iniziativa dello stesso Comitato di cittadini che sollecita il capo del governo Gentiloni a trasferire questi fondi ai consolati.

Se questa mobilitazione avrà lo stesso carattere libero e indipendente dai partiti, e voglio credere alla buona fede delle mille persone che mi hanno chiesto di partecipare con loro a questa mobilitazione, sarò con loro.

Non per strumentalizzare la loro protesta ma per chiedere con loro la soluzione di un problema; una soluzione per la quale ho contribuito a trovare le risorse e a determinare lo strumento legislativo per poterle utilizzare.   Convinto che alle parole, sopratutto per noi politici, debbano sempre seguire i fatti! Fabio Porta”.