A comunidade italiana do Espírito Santo vive na próxima semana uma “experiência pioneira” com a realização do “primeiro mutirão do passaporte itinerante”. Cerca de 90 cidadãos selecionados pelo Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’  do Rio de Janeiro vão poder encaminhar seus pedidos sem a submissão ao sistema de agendamento por video-chamada.

Ao anunciar o evento marcado para Colatina, na área norte do Estado, Ana Maria Cani de Almeida, que preside o Comites, coloca essa como “uma conquista” do trabalho de equipe dos conselheiros eleitos no final do ano passado com a proposta de maior aproximação do consulado às comunidades italianas e vice-versa.

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“Temos um bom relacionamento com a autoridade consular e, felizmente, chegamos a um acordo que beneficia diretamente a comunidade” comemora  a presidente do Comites. “Fomos eleitos para isso”, acrescenta ela na tele-entrevista concedida a Insieme.

“Esperemos que após essa primeira experiência se sucedam outras, em outras áreas do Estado”, e também que “o próximo cônsul mantenha” essa maneira de trabalhar, disse também Ana Maria Cani. O atual cônsul, Paolo Miraglia del Giudice, deverá deixar o cargo ainda este ano, mas “antes de ele ir embora, gostaríamos – “e ainda dá tempo” – de realizar pelo menos mais dois eventos dessa natureza”, disse ela.

Os cidadãos que farão parte da experiência realizaram suas inscrições a pedido do Comites, que dispõe de uma comissão especial para o assunto e que fez toda a verificação de regularidade dos papéis necessários à obtenção do documento italiano de viagem. Serão atendidas, assim, pessoas que não têm meios ou tempo para ficar na “fila” da discagem durante horário específico ou, mesmo, não dispõem de internet.

Segundo Ana Maria, o serviço de agendamento para a obtenção do passaporto rosso  através da vídeo-chamada tem gerado muitas críticas. Há o caso dos profissionais – médicos e enfermeiros, por exemplo – que não têm disponibilidade de tempo para ficar ao telefone tentando ligação nos horários reduzidos fixos e reduzidos colocados à disposição do público. “Nós precisamos, a partir dessa experiência, abrir um pouco o leque, ampliar e facilitar a vida dos cidadãos italianos no Espírito Santo”, dia a presidente do Comites que tem jurisdição sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.