CURITIBA – PR – Os pedidos de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue que, em 31 de dezembro último, aguardavam atendimento pelos consulados italianos que operam no Brasil, superavam a casa dos 209.000. Este número é levemente inferior ao volume existente no final de 2008, antes do início do “mutirão da cidadania”, a chamada “task force” anunciada pelo governo italiano para colocar fim às longas esperas em países como o Brasil, Uruguai, Argentina e Venezuela. De janeiro até aqui, ss dados atuais, entretanto, podem ser ainda mais desalentadores.
Estas informações constam de matéria publicada na edição número 150 (junho) da revista Insieme, que começa a circular esta semana. Decorridos cerca de dois anos, afirma a revista que “a fila é quase igual à que existia no início do mutirão”.
Segundo a revista, os números de 31 de dezembro do ano passado indicavam que mais de duzentos mil pedidos de reconhecimento de cidadania italiana por direito de sangue aguardavam atendimento na rede consular italiana em território brasileiro. A extensão da fila que, hoje, mais de seis meses depois, pode ser ainda maior, é praticamente igual à fila existente há dois anos atrás, quando pouco mais de 245.000 aguardavam atendimento.
A matéria explica que os dados foram fornecidos ao presidente do Comites PR/SC, Gianluca Cantoni, que solicitou informações à Embaixada da Itália no Brasil na condição de presidente do Intercomites. A promessa das autoridades italianas era de fornecer um quadro trimestral do andamento dos trabalhos do “mutirão da cidadania”, ou “task force” como passou a ser chamada. Se durante o ano de 2009 foram processados mais de 87.000 pedidos, no mesmo período entraram mais de 51.000 novos requerimentos, observa a revista, ao publicar uma tabela (reproduzida abaixo) e que traz o desempenho de cada consulado:
TASK FORCE CITTADINANZA
Rilevazione datri al 31 dicembre 2010
Paese: Brasile
UFFICIO CONSOLARE |
ISTANZE INDIVIDUALI GIACENTI AL 31/12/2008 |
ISTANZE INDIVIDUALI |
ISTANZE INDIVIDUALI |
ISTANZE INDIVIDUALI GIACENTI AL 31.12.2010 |
SAN PAOLO |
162.321 |
28.993 |
33.061 |
158.253 |
RIO DE JANEIRO |
19.928 |
3.014 |
6.100 |
16.842 |
PORTO ALEGRE |
15.388 |
2.462 |
6.389 |
11.461 |
CURITIBA |
20.588 |
10.880 |
26.186 |
5.282 |
BELO HORIZONTE |
18.494 |
2.243 |
9.664 |
11.073 |
RECIFE |
5.000 |
1.469 |
3.667 |
2.802 |
BRASILIA |
3.875 |
2.190 |
2.508 |
3.557 |
TOTALE |
245.594 |
51.251 |
87.575 |
209.270 |
A revista Insieme publica também uma tabela que compara o desempenho da “task force” nos quatro países em que ela foi instituída (Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela). Salta aos olhos – diz a revista – a “fila” da Venezuela onde, no final do ano passado, apenas seis processos aguardavam atendimento, contra os mais de 627.000 do Brasil. No Uruguai, a fila não chegava a 13.000 e na Argentina continha pouco além de 34.000 pedidos. Os números relativos ao Brasil são os maiores em quase todas as colunas, com exceção da coluna dos processos atendidos.