“Queremos a suspensão dessa lei que impede o Ministério das Relações Exteriores de contratar novos funcionários” para os consulados, afirmou o vice-secretário do CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’, Mariano Gazzola, ao final da manifestação realizada dia 12 diante do Consulado Geral da Itália em São Paulo.

Segundo Gazzola, que é também presidente do Cavas – a organização que reúne as associações vênetas da Argentina – sem a possibilidade de contratação de mais gente para atendimento nos consulados italianos em toda a zona da América Latina, os problemas das filas, da demora na concessão de passaportes e outros haverão de continuar.

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Ele considerou o protesto diante da Avenida Paulista “muito importante” não apenas porque tinha bastante gente, mas porque estavam presentes também pessoas de outros países da América Latina, evidenciando, assim, que “temos os mesmos problemas” em todas as circunscrições consulares

Para o líder argentino, que também é militante do Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’, os problemas consulares existentes “não se resolverão com uma taxa” e, sim, com a contratação de pelo menos mil novos funcionários, em substituição aos que deixaram vagos seus postos desde o ano de 2006.

Sabe-se que além de não terem sido realizadas novas contratações de pessoal efetivo, também os salários dos que permanecem estão congelados desde que explodiu a crise econômica na Itália.

A taxa referida por Gazzola é a chamada “taxa da cidadania”, que seu partido rejeita por ser inconstitucional, já que está cobrando sobre um direito fundamental dos cidadãos. Desde o dia 8 de julho de 2014, os consulados italianos estão cobrando 300,00 euros para cada pedido de reconhecimento da cidadania por direito de sangue.

Recentemente, até o senador Fausto Longo, que integra a base de sustentação do governo italiano criticou a taxa, dizendo que o governo está cometendo apropriação indébita ao não devolver os valores para a reestruturação consular.