Rita Lee em 2010 (Foto Alexandre Cardoso/Wikipediaa)

O rock brasileiro perdeu hoje um dos maiores ícones de sua história. Rita Lee foi sem dúvida uma artista de inúmeros talentos excepcionais. Foi exímia compositora, intérprete e instrumentista.

Com toda a justiça, hoje será um dia de muitas homenagens a essa grande paulista e brasileira. Não faltarão panegíricos escritos, falados e cantados.

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Eu já havia ensaiado escrever um pequeno texto sobre a genealogia de Rita Lee meses atrás, mas acabou não acontecendo. Corrijo hoje meu erro para deixar registrado que no DNA da rockeira havia também muita tarantella.

Seu nome completo, Rita Lee Jones, denuncia uma origem anglófona. Pelo seu lado paterno, Rita tem todos os seus ancestrais por várias gerações oriundos do sul dos Estados Unidos. O pai de Rita, Charles Fenley Jones, nasceu em Santa Bárbara d’Oeste (São Paulo) em 1904 no seio de uma família de norte-americanos que fizeram parte de um movimento migratório não muito conhecido de proprietários rurais sulistas que resolveram deixar os Estados Unidos após a derrota dos confederados na Guerra Civil Americana.

Rita Lee é, portanto, a mais famosa descendente desse grupo étnico no Brasil (sem deixar de fazer uma menção honrosa à filantropa Pérola Byington).

Todavia, nem só de banjos se compôs a canção intitulada “Rita Lee”. Temos mandolino também! Sob um nome puramente inglês esconde-se uma outra origem inteiramente molisana. Assim como Rivellino ou Toquinho, Rita Lee tem avós nascidos na pequena região do Molise, no centro-sul da Itália.

Seus avós maternos, Domenico Padula e Clorinda Inforzato casaram-se em Rio Claro, no interior de São Paulo e eram ambos molisanos; ele de Civitanova del Sannio e ela de Chiauci. Também em Rio Claro nasceu a mãe de Rita, Romilda Padula.

A família permaneceu no interior até o casamento de Charles e Romilda, que logo depois decidiram se mudar para a capital paulista, onde nasceram Rita e suas duas irmãs mais velhas, Mary Lee e Virginia Lee.

Rita, che la terra ti sia lieve. Grazie!