Participantes da Assembleia e integrantes da nova diretoria do Comvers diante do Museu do Pão, em Ilópolis-RS (Foto Comvers/Cedida)

Uma manobra de última hora evitou que houvesse um racha no Comvers – Comitê das Associações Vênetas do Rio Grande do Sul, cuja eleição para a renovação da diretoria ocorreu dia 24 último, na cidade de Ilópolis. Depois de muito debate, as duas chapas concorrentes concordaram numa fusão, permanecendo na presidência da entidade Ismael Rosset, enquanto o cabeça da chapa concorrente, Moacir Sylvio Dal Castel, ocupou a primeira vice-presidência.

A nova diretoria dirigirá os destinos do Comvers pelos próximos dois anos, tendo como finalidade principal ações de preservação e difusão da cultura vêneta no território do Rio Grande do Sul. Existem onze entidades do gênero em todo o mundo.

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Os vênetos gaúchos evitaram, assim, a repetição de fatos ocorridos com os vênetos catarinenses em seu equivalente Comvesc – Comitê das Associações Vênetas de Santa Catarina, que ainda travessa momentos de turbulência com a eleição do engenheiro civil Roberto Eder Brolese. A posse de Brolese continua sendo contestada pela destituída Fabiola Cechinel, que se diz apoiada por um número expressivo de associações.

“O consenso – disse Dal Castel – teve por objetivo preservar a união das 49 entidades filiadas” do Rio Grande do Sul. O acerto ocorreu em plena assembleia eleitoral, numa reunião que durou praticamente dois dias. Feito o acerto, no qual contaram também posições e promessas do consultor da Região do Vêneto para a área, Cesar Augusto Prezzi, a eleição foi por aclamação.

Conforme se lê no blog da própria entidade, durante a assembleia, o consultor “Prezzi comentou sobre seu trabalho junto ao ‘Comitato‘ e em suas palavras salientou que continuará o trabalho de Pacto de Amizade, ou seja convênio entre cidades rio-grandenses com cidades o Vêneto – Itália que estão em andamento e finalizará outros projetos até que outros membros do ‘Comitato’ [se] preparassem e [se] capacitassem para assumir esse [trabalho]” pois “já tenho muito tempo junto ao ‘Comitato’, trabalhando e fazendo meu melhor.”

Para abrigar integrantes das duas chapas concorrentes, o número e nome de alguns cargos tiveram também que ser alterados. Assim, além de Rosset e Dal Castel – um vice que promete não ser apenas figurativo -, compõem a nova diretoria do Comvers: Isabel Dristina Dalcin Quirino (segunda vice-presidente), Airto Bravo e Daniel Kayser (primeiro e segundo tesoureiro), e Maria de Fatima Giacomini e Sediane Dalla Agnol Roman (primeira e segunda secretárias).

O Conselho Deliberativo ficou composto por Deives Picinini Scalcon, Zulmir Miotto, Jandir Oselame, Clarice Fasolo Pilati, Mariane Zanella e Gabrielle Tesser Guggel, tendo como suplentes Marlei Zanete, Ademir Bacca e Denise Demoliner.

No Conselho fiscal, como titulares, ficaram Reni Rui Três, Valério Simonetti e Ávida de Fátima de Oliveira Brondani, tendo como suplentes Adriana Terezinha Fantin, Jandira Ferri e Graziela Mazzarotto.

Antes da eleição, o presidente Rosset relatou à assembleia as principais ações sob seu mandato: missão oficial do governador Luca Zaia ao Rio Grande do Sul; inauguração do monumento de São Marcos em Santa Tereza; apoio para a viagem à Itália e programação cultural para o Coro da Tramontina; recepção ao presidente da ‘Associazione Bellunesi nel Mondo’ – Oscar de Bonna; viagem de idosos ‘Ritorno alle Origine’ em parceria com a ‘Associazione Bellunesi nel Mondo’; viagem destinada aos jovens ‘Ritorno alle Origine’ em parceria com a ‘Assocciazione Bellunesi nel Mondo’; doação do busto pelo Vaticano para a comunidade de São Valentin do Sul; viabilização de Curso de Arquitetura Palladina em Vicenza; realização do Pacto de Amizade de Arvorezinha com Alpago; missão para viabilização do Pacto de Amizade entre Guaporé e Valdagno e participação na ‘Fiera di Oro di Vicenza’ e monumento de São Marcos (escultura feita por robô); execução das pinturas feitas pelo artista Gian Antonio Cecchin; lançamento do livro de Anna Rech; coordenação da Rota Turística Pão e Vinho (Serra Gaúcha e Alto do Vale do Taquari); realização de 11 reuniões de diretoria, para tratar dos mais diferentes assuntos; Incentivo ao surgimento de novos Pactos de Amizades entre municípios do Rio Grande do Sul e Região do Vêneto; apoio às entidades filiadas nas suas ações locais e internacionais; inclusão, com a aprovação das Assembleias, de três novas entidades filiadas e apresentação outras três sem nenhuma exclusão de filiadas durante a gestão; além de visitação e participação em vários eventos promovidos pelas entidades filiadas e pelos municípios.