u TREVISO – ITALIA – “Que os italianos descubram o Brasil, não apenas pelo samba, pelo café e por Pelé”, disse o ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, numa breve entrevista concedida a Riccardo Masini, editor da revista Trevisani nel Mondo, em Asolo, cidade da província vêneta de Treviso, de onde são originários seus antepassados. Furlan aproveitou a viagem a Roma no início de julho onde foi receber o prêmio para os “Italianos no Mundo”, oferecido pelo ministro Mirko Tremaglia, para uma visita reservada, com familiares, na cidade de suas origens.

PATROCINANDO SUA LEITURA

A cidade de Ásolo – escreveu Masini – abriu um de seus mágicos horizontes para tornar-se por um dia teatro de um ilustre retorno à terra de seus pais por parte de Luiz Fernando Furlan, que tem três diplomas superiores e è ministro do Brasil para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O encontro aconteceu no Salão da Razão do Museu Cívico, com as honras da casa sob responsabilidade do prefeito Daniele Ferrazza, rodeado de colegas da região e outros convidados ilustres. Foi um banho nas raízes, tendo em vista as origens do avô Pierantonio que partiu da Italia em 1889. Foi também uma boa ocasião para a troca de idéias com uma pessoa brilhante, de trato humano e altamente qualificado. Furlan recebeu um cobiçado reconhecimento (com o qual foi igualmente distinguido também um outro asolano, Luigi Aquilini, de Montreal, maior produtor no mundo de frutas silvestres), recebido das mãos do Ministro Tremaglia, em Roma, numa grande solenidade transmitida pela TV.

Masini – Senhor Ministro, parabéns pelo cobiçado “Prêmio dos italianos no Exterior” que acaba de receber em Roma.

Furlan   O que me mais me agradou è que, de sete prêmios, dois foram conferidos a asolanos, isto quer dizer que ficamos com 33% da festa.

Masini – Este contato com a terra dos pais, que evocações lhe traz?

Furlan – Uma grande emoção,embora o primeiro tenha acontecido há cerca de dez anos, mas desta vez tenho junto filhos e os pais que vêm pela primeira vez.

Masini – Que imagina de importante no seu papel de Ministro?

Furlan – Sobretudo a cooperação nos setores econômicos com empresários da Região. O Brasil oferece oportunidades extraordinárias, por isso convido todos a olharem estas oportunidades de internacionalização. Terão nosso apoio. Com Lula presidente nossa exportação dobrou, as importações cresceram 20%, em três anos criamos 3 milhões de empregos, tornamo-nos o líder da indústria farmacêutica e da cosmética, produzimos o algodão nas cores naturais, estamos na frente também no setor tecnológico: è só imaginar que as eleições são realizadas eletronicamente (110 milhões são os eleitores) e em três horas temos os resultados sem contestação, que vendemos aviões de alta qualidade nos cinco continentes.

Masini – A posição que ocupa è muito elevada, mas que influência tiveram as raízes em sua formação pessoal?

Furlan – Sem dúvida, foram fortes, porque os meus cultivam a nacionalidade italiana e vêneta também no que concerne à música, à arte, à mentalidade, aos valores civís e morais…

Masini – Ninca se perguntou porque o avô partiu de lugares assim bonitos?

Furlan – Uma coisa sempre entendi: uma vez aqui não existiam oportunidades e chegou um momento em que não havia nada mais a perder e tudo seria melhor que ficar.

Masini – Italia e Brasil , dois povos com muitos pontos em comum. Como desenvolver e dar consistência a esta identidade?

Furlan – Nossas relações são de uma amizade extraordinária e importante, porque os italianos no Brasil sentem-se em casa e são reconhecidos, porém è necessário realizar coisas concretas. Não tenho observado estarem acontecendo coisas simples que podem fazer a diferença no setor econômico. Todavia, algumas potencialidades mínimas estão evidenciadas, por isso estou convencido que realizarei um esforço com os ministros e autoridades italianas para contribuir no sentido desejado.

Masini – As tradições, no Brasil, são  conservadas como em nenhuma outra parte. Qual a razão?

Furlan – Porque as comunidades cultivaram este aspecto. Meu pai fala o dialeto vêneto, lê e escreve em italiano, canta as canções de sua terra, meu avô jogava tresette como em Ásolo e dizia palavras como aquelas de sua juventude.

Masini – Que coisa gostaria de dizer aos italianos?

Furlan – Que descubram o Brasil: não apenas pelo samba, pelo café e por Pelé…

Masini – E então vamos concluir esportivamente: quem ganhará os próximos mundiais?

Furlan – Espero apenas que não sejam nervosos como Itália-Brasil que vi em Los Angeles e onde Baggio errou. Vejo Brasil, Itália e Alemanha.

Masini – Torce por quem?

Furlan – Festejarei de qualquer forma!

 

O PRESIDENTE ZANINI AGRADECEU O MINISTRO FURLAN

 

“Como presidente da Trevisani nel Mondo, quero agradecê-lo pelo que o Brasil faz e tem feito pela nossa emigração, pela forma como acolheu a nossa gente. O Brasil è um país onde nos sentimos na Itália, seja pelo calor da hospitalidade, seja pelas nossas grandes afinidades. Foram realizados passos de gigante de ambos os lados, tanto que hoje em dia esse relacionamento chegou também na economia de um mercado em contínuo desenvolvimento, um aspecto que me envolve pessoalmente enquanto empresário que opera também com o Brasil, que nos deixa interessados e que exige maiores aprofundamentos por caminhos que se percebe percorríveis…”

Esta foi a síntese expressa por Giuseppe Zanini, dirigindo-se a Luiz Fernando Furlan , Ministro brasileiro, braço direito do presidente Lula , em curta visita a Ásolo, terra natal de seus avós, no curso de um encontro particular de saudação, mas muito significativo.

Falaram também Roberto Migotto empresário da área moveleira e em nome de Unindustria , Nico Cunial prefeito de Crespano que aduziu uma experiência pessoal e Luigi Aquilini, empresário canadense, que por sua vez discorreu sobre sua atividade.

Foram, sobretudo, evidenciadas as origens trevisanas do Ministro, que encontraram referência naqueles antenados que partiram das pobres (porém belas) terras asolanas. Um contexto que levou a antigas lembranças para as quais muito contribuiu a emigração trevisana e vêneta dos séculos passados. Isto foi iniciado no final do século 19, com partidas preponderantes da província de Treviso: uma fila humana ao longo de rotas macilentas e intermináveis, uma chegada no desconhecido, cheio de dificuldades extremas.

Hoje em dia, os descendentes tornaram-se também homens de ponta. O ministro famoso na economia e na política brasileira e mundial, de nome inconfundivelmente e afetuosamente nosso (Furlan) está entre estes.


 

IL PRESIDENTE ZANINI HA RINGRAZIATO IL MINISTRO FURLAN

 

u TREVISO – ITALIA – “Come presidente della Trevisani nel Mondo, la ringrazio per quello che il Brasile fa e ha fatto per la nostra emigrazione, per come li ha accolto la nostra gente . Il vostro è un paese dove ci sentiamo in Italia, sia per il calore di una ospitalità che per affinità di durezze univoche. Sono stati fatti passi da gigante da una parte che dall’altra, tanto che oggigiorno i rapporti sono improntati anche sull’economia di un mercato in continuo sviluppo, un aspetto che mi coinvolge in prima persona in quanto imprenditore operante anche in Brasile, che ci vede interessati e che richiede ulteriori approfondimenti per strade che si intravedono percorribili…”

È questa la sintesi espressa da Giuseppe Zanini , rivolgendosi a Luiz Fernando Furlan , Ministro del Brasile, braccio destro del presidente Lula , in breve “rimpatriata” ad Asolo, terra natale dei suoi avi e nel corso di un incontro di saluto , privato ma molto qualificato e sentito.

Hanno preso la parola anche Roberto Migotto imprenditore del mobile e per conto di Unindustria , Nico Cunial sindaco di Crespano che ha portato una esperienza personale e Luigi Aquilini, imprenditore canadese,a sua volta ha relazionato gli astanti sulla sua  affermata attività .

Soprattutto, sono rimbalzati i sensi delle origini trevisane del Ministro , che hanno trovato riferimento in quegli antenati che sono partiti dalle scarne (benché splendide) terre asolane . Un contesto che ha riportato ad antiche memorie e alla cui crescita hanno contribuito in maniera fondamentale proprio l’emigrazione trevisana e veneta dei secoli scorsi. Ciò è iniziato a fine ottocento, con partenze in maggioranza dalla Marca Trevgiana: una scia umana lungo rotte macilente e interminabili, un approdo nell’ignoto irto di difficoltà estreme.

Oggigiorno, i discendenti sono diventati anche uomini di punta . Il ministro famoso nell’economia e nella politica brasiliana e mondiale , dal nome inconfondibilmente e affettuosamente nostrano ( Furlan) : è tra questi.

R.M.

 

 

La città di Asolo , ha aperto uno dei suoi magici orizzonti per diventare per un giorno teatro di un illustre ritorno alla terra dei padri da parte di Fernando Furlan, che ha tre lauree ed è ministro del Brasile per lo Sviluppo, l’Industria e il Commercio Estero. L’incontro è avvenuto nella Sala della Ragione del Museo Civico con gli onori di casa del sindaco Daniele Ferrazza, contornato dai colleghi della Pedemontana e altri esponenti. È stato un tuffo nelle radici, viste le origini del nonno Pierantonio partente da qui nel 1889. Anche una probante occasione per uno scambio di battute con una persona brillante, dal tratto umano e altamente qualificata. Furlan è reduce da un ambito riconoscimento (di cui è stato analogamente insignito anche un altro asolano,  Luigi Aquilini di Montreal,  maggior produttore al mondo di frutti di bosco) ricevuto  per mano del Ministro Tremaglia a Roma, in un contesto sontuoso e teletrasmesso. 

Domanda – Signor Ministro, complimenti per l’ambito “Premio degli Italiani all’Estero” che ha appena ricevuto a Roma .

Furlan –  Quello che mi è piaciuto di più è che su sette premi 2 sono andati ad asolani , questo vuol dire che ci siamo presi il 33% della festa..”

Masini – Questo contatto con la terra dei padri, che effetto le fa ?

Una grande emozione, benché ci sia già stato 10 anni fa , ma stavolta ho assieme figli e genitori che vengono per la prima volta  

Masini – Cosa prospetta di importante nella sua veste specifica di Ministro ?

Soprattutto la cooperazione dei settori economici con gli imprenditori della Regione. Il Brasile offre opportunità straordinarie, per questo invito tutti a guardare a queste possibilità di internazionalizzazione. Ci sarà il nostro appoggio. Con Lula presidente la nostra esportazione è raddoppiata, l’importazione in crescita al 20 %, in 3 mesi abbiamo creato 3 milioni di posti di lavoro, siamo diventati leader nella farmaceutica e nella cosmetica, produciamo il cotone a colori naturali, siamo avanti anche  tecnologicamente: basti pensare che le votazioni avvengono elettronicamente (110 milioni sono i votanti) e dopo tre ore si hanno risultati senza contestazioni, che forniamo di velivoli ad alta quotazione a cinque continenti.

Masini – È molto elevato il posto che occupa, ma quanto ha influito la radice come formazione personale ?

Senz’altro moltissimo, perché i miei coltivano la nazionalità italiana e veneta anche per quanto riguarda la musica , l’arte , la mentalità , i valori civili e morali…

Masini –Si è mai chiesto come il nonno abbia potuto partire da posti così belli ?

Una cosa ho sempre capito: che una volta qui non esisteva opportunità alcuna e c’è stato un momento in cui non c’era niente da perdere e tutto era meglio che restare

Masini – Italia e Brasile , due popoli con molti punti in comune. Come dare sviluppo e consistenza a questa identità

Le nostre relazioni sono di una amicizia straordinaria e prestigiosa, perché gli italiani in Brasile si sentono a casa loro e sono riconosciuti, però bisogna fare cose concrete. Non ho visto in giro cose semplici che possano fare la differenza nel settore economico . Tuttavia, certe potenzialità espresse sono state al minimo, per questo sono convinto che farò uno sforzo con i Ministeri e le autorità italiane per favorire veramente il progresso.

Masini – In Brasile si conservano le tradizioni come in nessuna altra parte: quale è la spinta ?

Perché le comunità hanno coltivato questo aspetto. Mio papà parla il dialetto veneto, legge e scrive in italiano, canta le canzoni del suo paese, mio nonno giocava tresette come ad Asolo e diceva parole come quelle della sua gioventù.

Masini – Cosa vorrebbe dire agli italiani ?

Che scoprano il Brasile: non solo per la Samba, il caffè e Pelè…

Masini – E allora concludiamo sportivamente: chi vincerà i prossimi mondiali ?

Spero solo che non siano nervosi come Italia-Brasile che ho visto a Los Angeles e dove Baggio ha sbagliato il rigore. Vedo Brasile, Italia e Germânia.

Masini – Per chi tifa ?

Farei festa, comunque ….!