Blasioli, Villone e Alciati, em imagens de 20125, na eleição, em Brasília. (Foto Desiderio Peron / Arquivo Insieme)

Quem não sabe o que é e para que serve o CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’ tem amanhã, a partir das 18h30min, uma boa oportunidade para conhecer. Os três atuais representantes do Brasil ante a máxima representação dos italianos no mundo farão um “bate papo ao vivo” com transmissão pelas redes sociais exatamente sobre “O que é o CGIE”, órgão instituído há mais de 30 anos.

“Nesta terça-feira, dia 22 de março às 18h30min, os atuais conselheiros do CGIE no Brasil apresentam suas funções”, diz o anúncio de um evento publicado na página de “GCIE Brasile” do Facebook, cujo último evento ali consignado é a transmissão ao vivo de uma reunião geral do órgão no início de fevereiro para discutir, entre outras coisas, as próximas eleições marcadas, no caso do Brasil, para o dia 9 de abril próximo, em Brasília.

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A reunião dos três representantes brasileiros no CGIE – Silvia Alciati, Rita Blasioli Costa e Cesare Villone – seria o primeiro evento do gênero desde que foram eleitos há quase sete anos, em 27 de setembro de 2015. Não há registro de que tenham realizado qualquer debate conjunto ou prestação de contas de seus mandatos durante o período.

O evento acontece no aceso da campanha política pela eleição dos novos conselheiros. Ao que consta, a única a pleitear a reeleição é Silvia Alciati, conforme ela próprio confirmou a insieme, ao lado de outros candidatos até aqui conhecidos: Ana Maria Cani – ES, Andrea Lanzi – RJ, Daniel Taddone – PE, Pasquale Pierrini – DF, Renato Sartori – SP, Stephania Puton – RS e Walter Antonio Petruzziello- PR).

A eleição dos novos representantes do Brasil no CGIE (agora voltam a ser quatro) se dá por eleição indireta, durante a “Assembléia País”, já convocada pela Embaixada da Itália no Brasil. Serão eleitores os 120 conselheiros dos sete Comites que atuam no Brasil (aí incluídos os conselheiros ‘cooptados’, isto é, sem a cidadania italiana reconhecida formalmente até agora), mais representantes de 49 associações italianas (5 perderam o prazo de indicação de delegados) escolhidas pela Embaixada, cujos nomes ainda não são conhecidos.

Reprodução da chamada para o “bate papo ao vivo” nas redes sociais.

Aos conselheiros eleitos divulgados aqui, somam-se os ‘cooptados’ Benedito Casarotto, Maria Bernadette Biaggi, Paulo José Monteiro de Barros por Minas Gerais; Zita Bisinella, José Antonio Celia, Juvenal Jorge Dal Castel, e José Carlos Grando, pelo Rio Grande do Sul; Adauto Lemos, Lilio Lombardi, Diogo Camata e Marcelo Sereno pelo Comites do Rio de Janeiro; Christian Mantovani, Roberto Colletti, Maria Cristina Cento Fanti, e Paulo Finocchio pelo Comites de Brasília; Rogerio Spillere, Marcio Fumagalli, Fabio Luiz Machioski e Delcio Luiz Castagnaro Filho pelo Comites de Curitiba; Clarissa Fusco, Daniel Cardoso Perseguim de Oliveira, Daniela Policela Vieira, Elsa Pompermayer Stenico, Felipe Salgado de Paola e Isadora Calil Elias Rodrigues pelo Comites de SP; e Giuseppe Granata Neto, Hellen Vital Gallini, Louise Cecy Taruffi Cardoso Campos e Antonio Berrafato pelo Comites do Recife.

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O CGIE foi instituído há quase 33 anos, através da ‘Legge 6.11.1989 n. 368’, modificada pela ‘Legge 18.6.1998 n. 198’, regulamentada através do ‘DPR – Decreto do Presidente da República n. 329 de 14 setembro de 1998 e modificada pela ‘Legge 23.6.2014 n. 89‘. Tem por finalidade ser o “órgão representativo das comunidades italianas no exterior junto a todos os órgãos que implementam políticas que afetam as comunidades no exterior”.

O artigo primeiro da lei institutiva explicita que “O CGIE, em conformidade com os princípios afirmados pelos artigos 3 e 35 da Constituição, tem como objetivo promover e facilitar o desenvolvimento das condições de vida das comunidades italianas no exterior e de seus componentes individuais, fortalecer a conexão dessas comunidades com a vida política, cultural, econômica e social da Itália, para garantir a proteção mais eficaz dos direitos dos italianos no exterior e facilitar a manutenção da identidade cultural e linguística, a integração nas sociedades anfitriãs e a participação na vida das comunidades locais, bem como facilitar o envolvimento das comunidades italianas residentes em países em desenvolvimento em atividades de cooperação para o desenvolvimento, e a colaboração na realização de iniciativas comerciais tendo como parte principal o Instituto Nacional de Comércio Exterior, as câmaras de comércio, indústria, artesanato e agricultura e outras formas associativas de empreendedorismo italiano”.

Conforme consta no site da instituição, o CGIE é composto por 63 membros, dos quais 43 representantes das comunidades italianas no exterior e 20 nomeados pelo governo italiano.